Uma confusão foi gerada durante a sessão extraordinária na Câmara de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, realizada pelo prefeito Francis Maris (PSDB), no sábado (23). O intuito era discutir uma viagem do prefeito aos Estados Unidos, mas os vereadores da oposição foram contra a votação.
Houve discussão e protesto de servidores em frente à Câmara durante a votação. A Polícia Militar foi chamada pelo prefeito devido a confusão.
Francis Maris explicou que a viagem dele aos EUA já havia sido votada e aprovada, entretanto, ele comprou a passagem errada e precisou convocar os vereadores para uma nova votação.
“A viagem estava marcada para terça-feira (26), mas comprei para essa segunda-feira (25) e precisei convocá-los para a liberação. Seria algo simples, mas os vereadores da oposição começaram a me ofender com palavras de baixo calão e a me agredir”, afirmo
O prefeito disse ainda que registrará um boletim de ocorrência contra os vereadoresl.
“Por não concordarem com o desenvolvimento de Cáceres, ficam tumultuando a sessão. Isso poderia ter sido evitado, poderiam ter votado para a licença, mas chamaram um monte de gente para me ofender e agredir. Espero que a Justiça faça justiça”, ressaltou.

Polícia foi chamada para intervir em confusão gerada em frente à Câmara
Em contrapartida, o vereador Rosinei Neves (PV) contou ao G1 que a confusão gerada foi pelo fato do prefeito 'ignorar' a votação de um projeto que inclui adicionais noturnos aos guardas municipais e pautar apenas os interesses dele.
“Teve uma reunião para regulamentar o decreto sobre os adicionais noturnos, mas isso não foi mais discutido. Não aceitamos que a votação fosse apenas sobre a viagem dele, pois o combinado era votar os projetos”, explico
Sobre as agressões, o vereador nega. “Os servidores se reuniram em frente à Câmara para manifestar e cobrar o direito deles e nós os apoiamos. Não teve agressão, inclusive, o prefeito nem entrou no Plenário”, ressaltou.
Segundo Rosinei, dos 15 vereadores da Câmara, apenas sete participaram da sessão e votaram a viagem de Francis.
Os vereadores da oposição devem pedir a anulação da sessão, já que, segundo eles, aconteceu com o menor número de vereadores e não foi votada em Plenário.