25 de Abril de 2024

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POLÍTICA Segunda-feira, 15 de Junho de 2020, 10:39 - A | A

Segunda-feira, 15 de Junho de 2020, 10h:39 - A | A

INCENTIVO

Gilmar Mendes pede atuação contra Bolsonaro por incentivar invasão de hospitais

CONGRESSO EM FOCO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pediu que a Procuradoria-Geral da União (PGR) atue "imediatamente" para apurar o incentivo e a invasão de hospitais pelo país. Na última quinta-feira (11) o presidente Jair Bolsonaro pediu, durante live, para que seus seguidores deem um jeito de entrar nos hospitais e filmar os leitos destinados a covid-19.

"Invadir hospitais é crime - estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso - para não dizer ridículo - que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública", disse o ministro em seu Twitter.

 

"Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda", disse Bolsonaro durante a transmissão.

 

A Associação Paulista de Medicina lamentou a fala do presidente. "A Associação Paulista de Medicina lamenta que se instigue a população a ‘dar um jeito de entrar’ em hospitais que assistem aos pacientes infectados pela Covid-19, e filmar suas dependências e UTIs. Hospitais são áreas de circulação restrita, com fluxo de pessoas orientado para garantir rapidez, eficiência, segurança e a privacidade dos pacientes assistidos. Todas as informações necessárias ao acompanhamento dos casos internados é sempre imediatamente disponível às autoridades de saúde", disse a entidade.

Após a fala de Bolsonaro, deputados estaduais do Espírito Santo entraram em um hospital para filmar a situação dos leitos. O ato foi encarado pelo governo do Estado como invasão, que leva risco aos profissionais e aos pacientes, mas os deputados negam e afirmam que foram investigar denúncias que receberam.


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