A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Cuiabá começou nesta segunda-feira (25) as oitivas do processo que pede a cassação do vereador Abílio Júnior (PSC) por quebra de decoro parlamentar. A sessão foi fechada e a imprensa não pôde acompanhar.
A denúncia foi feita pelo vereador Ozéas Machado, também do PSC. Segundo ele, o vereador tem "praticado de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis como decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador".
Abílio júnior acompanhou as oitivas conduzidas pela Comissão de Ética. Ele nega as acusações.
Os depoimentos seguem até a próxima sexta-feira (29). Depois das oitivas, o vereador terá cinco dias para apresentar alegações.
Ao final, a comissão vai elaborar um relatório, que será entregue ao presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB).
Em maio deste ano, Abílio foi levado para a delegacia depois de ir até a casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), localizada no Bairro Jardim da Américas, para, supostamente, fiscalizar uma obra que estaria sendo executada na residência. À época, ele era presidente da CPI da Saúde, que investigou fraudes no setor e culminou com a prisão do ex-secretário de Saúde Huark Corrêa.
E, em dezembro do ano passado, o parlamentar fez um protesto durante a entrega da sede do Hospital Municipal de Cuiabá. Abílio fez uma transmissão ao vivo em uma rede social protestando contra a inauguração, já que o local, apesar de ter sido entregue pelo prefeito, ainda não está habilitado para receber pacientes.