O inquérito que investiga o agente penitenciário Edson Batista Alves, 35 anos, preso acusado de bater e quebrar o braço de uma criança de seis anos, agredir a namorada e mantê-los sob cárcere privado, foi concluído pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá e encaminhado ao Poder Judiciário.
O servidor foi preso no dia 20 de novembro, no bairro Verdão, em Cuiabá. Além do procedimento em questão, o suspeito é investigado em outros inquéritos policiais em andamento na delegacia, registrados anteriormente a essa ocorrência.
Segundo informações da Polícia Civil, o agente foi indiciado pelos crimes de lesão corporal e cárcere privado, no âmbito da Lei Maria da Penha. Uma cópia do procedimento foi encaminhada para Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) para responsabilização do suspeito em relação aos crimes cometidos contra a criança.
Edson Batista já teria ameaçado matar o menino, caso a mãe dele terminasse o relacionamento. Mãe e filho moravam em Rondonópolis (a 216 quilômetros de Cuiabá), mas no dia seis de novembro, vieram para a Capital, pois o agente convenceu a companheira que estaria passando por um "momento difícil". O combinado seria de que eles retornassem no domingo (10), situação que não aconteceu. Ambos foram mantidos em cárcere.
O agente passou por audiência de custódia no dia 21 de novembro. A juíza Silva Ferrer determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Por ser agente do sistema prisional, Edson teve que ser encaminhado para o presídio de Santo Antônio de Leverger.
O caso
Ele é acusado de agredir sua namorada e torturá-la. Ele teria a agredido física e verbalmente, aterrorizando sua vida com diversas ameaças, inclusive de que mataria ela e seu filho, de apenas seis anos.
Na madrugada do dia 20, o homem passou a fazer o garoto como alvo, dizendo que ele era criado pela avó e que ele seria homossexual e uma pessoa imprestável. O menino acabou ferido pelo suspeito no olho direito e teve seu braço quebrado.
O agente penitenciário, ao ver o que teria feito, tentou limpar o olho do menino com água quente, sendo que ela respingou na barriga da criança, que teve pequena queimadura na região do abdômen.
Após novas ameaças, a mulher aproveitou que os dois jantariam na casa de uma amiga, pegou um Uber e foi até uma base da Polícia Militar, onde registrou o boletim de ocorrências. O suspeito então começou a rondar o local e acabou detido em flagrante.