10 de Outubro de 2024

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

POLÍCIA Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019, 09:24 - A | A

Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019, 09h:24 - A | A

TRAGÉDIA

TJ mantem prisão de agricultor que matou engenheira em MT

FOLHA MAX

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT) manteve a prisão do empresário Jackson Furlan, suspeito de assassinar a engenheira Júlia Barbosa de Souza, no município de Sorriso (420 KM de Cuiabá).

Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do relator do habeas corpus interposto pelo empresário contra a sua prisão, o desembargador Juvenal Pereira da Silva, em julgamento ocorrido na tarde desta quarta-feira (18).

 

A defesa de Jackson Furlan explicou na tribuna da Terceira Câmara Criminal que o Poder Judiciário na 1ª instância, que decretou a prisão do empresário, justificou a medida dizendo ser um crime de “gravidade concreta” – ou seja, que leva em conta o “modus operandi” da ação que, neste caso, fundamenta-se num motivo aparentemente banal.

Já os advogados do empresário, porém, defendem que trata-se de um crime de “gravidade abstrata”, ou seja, a periculosidade do suspeito de assassinato encontrar-se solto, fora da prisão, é apenas “presumida”, sem vínculo à realidade dos fatos, na avaliação dos advogados.

O desembargador Juvenal Pereira da Silva, entretanto, rechaçou o argumento da defesa. “Um homem que assim o age não representa perigo para a sociedade? Ou garantia a ordem pública? Se vê uma pessoa insensível. Se houve a discussão qual foi o motivo dele ter atirado? Será discutido no decorrer da instrução. Mas para prisão preventiva há sim elementos suficientes”, asseverou o magistrado.

Juvenal Pereira da Silva também revelou que, durante depoimento á Polícia, a esposa de Jackson Furlan, que estava presente no momento do assassinato, confirmou que o marido atirou contra Júlia Barbosa de Souza.

“Qual cidadão vai se sentir protegido com uma persona desta no seu meio? Se por menos importância sai a fazer disparo? Tenho que a prisão preventiva está justificada”, finalizou o desembargador.

O CASO

O assassinato da engenheira Júlia Barbosa de Souza, de 28 anos, chocou o município de Sorriso e acabou tendo repercussão nacional.

No dia 8 de novembro de 2019, Júlia, que era residente de Cornélio Procópio (PR), estava no município mato-grossense visitando o namorado. Ambos estavam numa caminhonete trafegando pela cidade quando se depararam com Jackson Furlan, que também dirigia uma caminhonete. Ele estava na companhia da esposa.

Irritado com o trânsito lento, no Centro do município de Sorriso, Jackson Furlan começou a perseguir o veículo dirigido pelo namorado da engenharia, até emparelhar com a caminhonete e efetuar disparos de arma de fogo. Um dos projéteis atingiu Júlia Barbosa na cabeça, que morreu no local. 

Após o assassinato, Jackson Furlan abandonou a caminhonete. Nas redes sociais, o empresário posava com fotos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). O veículo utilizado para o crime também continha um adesivo de apoio ao presidente da República.


Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image