O preço do etanol continua a disparar em Cuiabá. Novo levantamento feito identificou o combustível sendo vendido por até R$ 2,79 (litro) na região central de capital mato-grossense. Coincidentemente, a subida no valor do litro chega em um período de festividades de fim de ano e férias, o que representa um número maior de veículos nas ruas e rodovias. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo) em Mato Grosso, a culpa é de um efeito cascata por conta de um reajuste.
Na manhã desta segunda-feira (09), foi possível encontrar postos de Cuiabá com o álcool sendo vendido a R$ 2,77 o litro. No mesmo estabelecimento verificado, há pouco menos de um mês, o combustível estava 30 centavos mais barato. Em outro, na avenida do CPA, o preço é de R$ 2,79.
Levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), aponta que no período de 1º a 7 de dezembro deste ano, o preço médio do álcool em Cuiabá foi de R$ 2,644. O mínimo encontrado pela pesquisa foi de R$ 2,379 e o máximo de 2,799. No total, foram 72 postos visitados.
Apesar do aumento de 30 centavos em menos de um mês, Cuiabá continua sendo a Capital brasileira com o menor preço do álcool. Porto Alegre (RS) aparece na liderança, com um custo de R$ 4,109 no litro do combustível.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo) em Mato Grosso informou por meio de nota que reajustes realizados nos últimos dias estão chegando aos postos através das distribuidoras. Ainda segundo o sindicato, há relatos de aumento de R$ 0,17 apenas de quarta (4) para quinta-feira.
“O Sindicato esclarece que vem ocorrendo significativos aumentos de custos, de maneira contínua, ao longo de toda a cadeia de circulação dos combustíveis, de modo bastante acentuado”, salientou o Sindipetróleo. O etanol foi o produto que mais sofreu reajuste.
São vários os motivos que contribuíram para o cenário de alta, segundo a entidade. O preço final dos combustíveis reflete o aumento pelas usinas produtoras de etanol anidro e a elevação dos preços do biodiesel. A alta do petróleo no mercado internacional também é ponto citado.
Outro fator de influência é a mudança do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), base de cálculo do ICMS, que passa por majorações.
“Os postos, que são o último elo dessa cadeia comercial, e o mais frágil deles, não devem ser responsabilizados por tais aumentos, já que as majorações são incorretamente atribuídas aos postos”, afirma o documento.