As exportações dos Cafés do Brasil em outubro de 2020 registraram novo recorde histórico para o mês, ao atingirem 4,1 milhões de sacas de 60kg, volume 11,5% maior do que em outubro de 2019. O café arábica foi responsável por 81,4% dos embarques com 3,3 milhões de sacas, um aumento de 12,4% se comparado com outubro do ano passado. O café conilon teve uma participação de 11,5%, com a exportação de 471,8 mil sacas, número que representa um aumento de 31,4%, nos mesmos termos comparativos. O café solúvel foi responsável por 7,1% das exportações com volume equivalente a 288,4 mil sacas.
A receita cambial gerada pelas exportações dos Cafés do Brasil no mês de outubro de 2020 foi de US$ 509,6 milhões, um aumento de 8,5% se comparada à receita gerada em outubro do ano passado. Esse aumento se torna ainda mais expressivo se convertermos o valor em reais, considerando a cotação média do dólar de aproximadamente R$ 5,63 no mês de outubro de 2020, tendo a receita das exportações em moeda brasileira atingido por volta de R$ 2,9 bilhões, a maior receita dos últimos cinco anos que registrou um expressivo aumento de 49,4% se comparada a outubro de 2019.
A receita cambial gerada com as exportações dos Cafés do Brasil, nos dez primeiros meses de 2020, foi de US$ 4,4 bilhões, com uma alta de 3%. Na conversão em reais, o valor foi equivalente a R$ 22,7 bilhões, o que representa um crescimento de 35,2%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao analisarmos os números do atual ano civil, janeiro a outubro de 2020, é possível verificar que, apesar do ano atípico e com fatores imprevisíveis, o volume e a receita das exportações brasileiras de café são os maiores dos últimos cinco anos. Nos dez primeiros meses de 2020 o Brasil exportou 35 milhões de sacas de café, com um aumento de 1,9% se esse volume for comparado ao do mesmo período do ano passado.
O café arábica teve participação de 78,4% nas exportações de 2020, com 27,5 milhões de sacas, já os embarques de café conilon corresponderam a 12% do total, com 4,2 milhões de sacas, e, com 9,5% dos embarques, o café solúvel exportou o equivalente a 3,3 milhões de sacas. Vale destacar o aumento de 23,4% nas exportações de café conilon se comparado ao mesmo período do ano passado.
Vale destacar, conforme os dados divulgados pelo Cecafé, no Relatório mensal outubro 2020, os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, de janeiro a outubro de 2020, num ranking em ordem decrescente. Em primeiro colocado, figuram os Estados Unidos, que importaram 6,4 milhões de sacas de café, as quais correspondem a 18,4% do total vendido no período; depois vem a Alemanha, com 5,9 milhões de sacas importadas (16,8%); Bélgica, em terceiro, com 2,9 milhões de sacas (8,2%); Itália, na sequência, com 2,5 milhões de sacas (7,3%); e Japão, em quinta colocação, com 1,8 milhão de sacas (5,1%).
Na sequência, na sexta posição, vem a Turquia, com 1,1 milhão de sacas (3,2%); Federação Russa, em sétimo, com 1 milhão de sacas (2,9%); México – oitavo – com 897 mil sacas (2,6%); a Espanha, nona colocada, com 784 mil sacas (2,2%); e, por fim, o Canadá, em décimo lugar, com a importação de 708 mil sacas, volume físico que corresponde a 2% das exportações dos Cafés do Brasil no período em foco. Neste contexto, merece destaque o fato de a Bélgica ter apresentado aumento nas aquisições do café brasileiro nesse período em torno de 33,5%.
Os números e demais dados da performance das exportações dos Cafés do Brasil que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatório mensal outubro 2020, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Com relação especificamente aos cafés diferenciados – que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – o Brasil exportou 6 milhões de sacas de 60kg, no período de janeiro a outubro de 2020, esse volume representou 17,2% do total exportado dos Cafés do Brasil no ano, gerando uma receita cambial de US$ 980,4 milhões, responsável por 22,16% de toda a receita cambial gerada com as exportações dos Cafés do Brasil no corrente ano civil.
Assim, além desses destaques, no mesmo contexto em tela, os Relatórios mensais divulgados pelo Cecafé trazem ainda várias informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil do consumo mundial de café, participação brasileira nas exportações mundiais de café, dados da balança comercial, etc. que valem a pena serem consultados.