As principais ruas do centro de Cuiabá foram palco da Parada da Diversidade Sexual. O evento, realizado neste sábado (16), contou com muita festa e música, mas também foi espaço para a cobrança de direitos da comunidade LGBTQ e respeito à diversidade.
O tema escolhido para esse ano foi: “Resistência, Amor e Luta”. O ponto de concentração popular foi na Praça Ipiranga, seguindo para Orla do Porto, onde haverá apresentações artísticas regionais e nacionais. A expectativa de público esperada é de cerca de 20 mil pessoas.
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Josi Marcondes, integrante da Mães pela Diversidade, Organização não governamental (ONG), levou a filha para a Parada em Cuiabá — Foto: Nathália Okde/
Josi Marcondes, integrante da Mães pela Diversidade, Organização não governamental (ONG), levou a filha para a Parada.
“Minha caçula participa desde os 5 anos. Isso é a construção de uma educação de respeito ao próximo e respeito à diversidade. Isso não torna nenhuma criança LGBT, torna essa criança uma pessoa, um adulto que respeita e aceita o próximo e aberto ao diálogo”, declarou.
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As principais ruas do centro de Cuiabá foram palco da Parada da Diversidade Sexual — Foto: Nathália Okde/G1
Clóvis Arantes, vice-presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Cuiabá e dirigente da ONG Livremente, também esteve presente.
Para ele, a comunidade LGBT quer visibilidade e só quer viver como qualquer outra pessoa.
“Nós estamos aqui porque queremos valorizar e lutar pela nossa existência. As pessoas LGBT continuam sendo assassinadas. Só queremos viver, não queremos nada diferente, só queremos o que está garantido na Constituição Federal para toda pessoa”, afirmou.
A Parada já foi consolidada como o principal ato de resistência e afirmação dos direitos LGBTQI+.
“Quando não estamos visíveis, as pessoas acham que têm direito de nos matar, de nos agredir, de nos fazer viver no armário”, finalizou Clóvis.
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Thays Amorim, 22 anos, foi para a Parada da Diversidade, em Cuiabá, na cadeira de rodas — Foto: Nathália Okde/G1
Thays Amorim, 22 anos
“Eu tive um machucado no ligamento do joelho e não consigo ficar em pé por muito tempo. Então preciso da cadeira para fazer o trajeto. Eu acho muito importante esse momento de celebrar o que a gente é, principalmente nesses tempos tão nebulosos com um governo que não se importa com a população LGBT. É muito importante celebrar e me orgulhar de quem eu sou”.
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Caio Bandeira, na Parada da Diversidade, em Cuiabá — Foto: Nathália Okde/G1
Caio Bandeira
“A minha drag representa todo empoderamento, não só o LGBT, mas racial e feminista. Eu acredito que para a gente ter uma visão de representatividade, a gente tem que ter uma imagem. Eu decidi vir da forma que eu estou: de cabelo cacheado, sem depilar e sou um menino gay - cis com barba colorida para mostrar que, independente da identidade de gênero, você pode ser feliz do jeito que você é”.
Cisgênero: Pessoa que se identifica com o sexo biológico, ou seja, com a genital que nasceu. Pessoas cisgênero estão em conformidade com a genital que nascera
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Professor Reginaldo Araújo (com a bandeira LGBT) foi na Parada da Diversidade acompanhado do sobrinho, da mãe e das filhas — Foto: Nathália Okde/G1
Reginaldo Araújo, de 46 anos, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), compareceu na Parada acompanhado da mãe, Regina Araújo, de 65 anos, das filhas Luiza, de 11, e Júlia, de 7, e do sobrinho, Matheus Eugênio, de 22.
“Posicionar-se contra a discriminação é uma tarefa de todos. É importante envolver as crianças e trazê-las. Minha mãe que fez essas bandeiras de ontem para hoje. É uma forma simbólica nesses tempos sombrios onde sujeitos – que discriminam e têm papel de serem maldosos – precisam ser enfrentados, estamos aqui para dizer de que lado estamos. Estamos do lado do amor e daqueles que têm que direito de escolher o seu companheiro e a sua companheira, indiferente se é do mesmo sexo ou não”