A ‘Lagoa Food Park’, localizada dentro do Parque da Águas, foi inaugurada há dois anos, e há cerca de três meses já tinha 8 de seus 14 boxes desocupados. Hoje, quatro estão reabrindo, mas, para isso, foi necessário optar por lojas além da gastronomia, como de decoração e sapatilhas, para sobreviver. O novo sócio, Walter Kawahara, prefere que fiquem somente estes dez boxes ocupados, e que os quatro outros sejam absorvidos pelos já existentes, para diminuir a concorrência e dar fôlego aos comerciantes.
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A licitação para ocupação do espaço foi feita em setembro de 2016. A Lagoa fica no quarto lote, e venceu, na época, a empresa Sabor Cuiabá Restaurante Ltda, com um lance de R$ 6.310.00. A empresa ficou responsável por pagar R$ 23.830,00 por mês, para ocupação dos espaços durante 30 anos.
Na época, os sócios eram Daiany Nayara Castilho Rodrigues, Helio Palma De Arruda Neto e Rafael Henrique Tavares Tambelini. Walter, que é engenheiro e criador do ‘Batata Tower’, entrou na sociedade há três meses. Segundo ele, dos oito boxes vazios, quatro serão ocupados em breve.
“Como eu era lojista, eu verificava que os boxes vazios davam um impacto muito ruim”, contou ao Agro Olhar. “E quando eu entrei eu disse que a gente ia fazer algo diferente para que a gente pudesse recuperar o movimento, pelo menos o suficiente para sobreviver e dar continuidade. Porque todo empreendimento tem aquele ‘boom’ inicial, e depois de um ano se estabiliza”.
Nestes três meses, foram reabertos o box de hambúguer, o de picolé e, em breve, serão inaugurados um de decorações e um de sapatilhas. “Eu observei que o Food Park não tem necessidade de ser só comida”, declara o novo sócio. Segundo ele, não havia na licitação nenhuma determinação de que fosse feito empreendimento gastronômico.
Segundo Walter, os outros sócios continuam os mesmos da época da licitação e, inclusive, eles também entraram na sociedade do Batata Tower. “Eles continuam porque acreditam muito no empreendimento”, explica. “Todos eles me disseram que acreditam no espaço, que é muito bom, e que tem o diferencial de haver um parque aqui. E isso dá uma oportunidade de a gente voltar o movimento”.
Para o sócio, o problema dos fechamentos está na falta de gestão, ou até mesmo na dificuldade em inovar e estar presente. Logo que entrou no ‘comando’, Walter, por exemplo, passou a fazer um samba todas as sextas-feiras. O projeto já mudou, e agora o espaço fica aberto para eventos em geral. “A presença de um sócio-operador é importante em uma operação como essa”, explica. “A visão do empreendedor tem que ser constante. Tem que estar ali acompanhando, vendo o que tem que melhorar”. Segundo ele, os outros sócios também têm outras atividades profissionais, além da Lagoa.
Com dez espaços ocupados, Walter afirma que está satisfeito. “Antes dava para todo mundo sobreviver, mas hoje eu não posso colocar 14 hoje lá. Então, se eu tenho um box pequeno, hoje eu cedo outro para o espaço não ficar vazio. E nossa ideia é permanecer com essa estrutura. Se abrir mais, vai prejudicar as pessoas que estão ali, por ser muita concorrência. O food park tem que ter um patamar que tenha viabilidade para os lojistas. O empreendedor muitas vezes quer lotar, colocar 20 para ganhar 20 alugueis, e não pensa no lojista. Isso quebra qualquer lojista. Temos que ter um meio termo”, finaliza.