10 de Outubro de 2024

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

POLÍTICA Quinta-feira, 21 de Novembro de 2019, 14:17 - A | A

Quinta-feira, 21 de Novembro de 2019, 14h:17 - A | A

SINDICATO

Sindicato dos investigadores da PJC entra com ação contra o Estado por desvio de função

Olhar Direto

O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT) protocolou uma ação civil pública contra o Estado de Mato Grosso com o objetivo de colocar fim ao desvio de função dos investigadores de Polícia Civil, obrigados a guarda de presos nas delegacias do Estado.

 
 



A medida também visa reafirmar o objetivo da carreira dos investigadores de polícia, alegando que a postura do governo em manter a cautela de presos em delegacias gera dificuldades na rotina policial.
 

 
"O Estado precisa reconhecer que a função do investigador é produzir conhecimento para ajudar na resolução dos inquéritos, apenas isso. Hoje, somos obrigados a exercer a função de agentes prisionais na custódia de presos e de guarda patrimonial de delegacias num reprovável desvio de função. Além disso, somos obrigados a aceitar que as delegacias estão voltando a ser cadeias públicas, um retrocesso. Não podemos e não vamos permitir isso. Estamos recorrendo à justiça para que o Estado reconheça nossa atribuição e nos permita exercê-la de forma única e em sua plenitude", explicou a presidente do Sinpol-MT, Edleusa Mesquita.
 
Edleusa afirma que "desde o início do sindicato tem levado a insatisfação da categoria ao governo. "Como nenhum medida foi tomada, fez-se necessária a ação judicial."
 
"Acabemos sofrer um grande baque com o desrespeito sofrido pela investigadora Poliana Schrammel, em Guarantã do Norte. Coo todos viram na mídia, a servidora foi agredida pelo advogado Marcus Augusto Macedo, presidente da subsede da OAB de Peixoto de Azevedo. Aos berros, ele forçou sua entrada na delegacia onde a policial sozinha tomava conta de 12 presos; isso à noite. Se a servidora não estivesse exercendo a guarda de presas e tomando conta de delegacia, o que não é sua função, poderia ter reagido de acordo com a lei e em defesa de sua integridade. Não queremos que estas situações perdurem. Aliás, nunca quisemos; fomos obrigados a aceitá-las."
 
O sindicato também notificou o Estado, através da Secretária de Segurança Pública, para que não haja acúmulo de função em delegacias nem desvio de atividades. Segundo a direção do sindicato, investigadores estariam sendo obrigados a fazer o traslado de presos entre municípios.
 
"Isso é outro absurdo. Somos obrigados a trasladar presos sem qualquer apoio de outros agentes de segurança pública. Já conversamos com as autoridades competentes, fizemos denúncias ao Ministério Público Estadual e nada foi resolvido. O preso deve ficar a delegacia até a comunicação do flagrante. Depois disso, deve ser encaminhado à custódia por agentes competentes, não por investigadores. Outra coisa: em caso de arbitração de fiança, o preso deve permanecer na custódia e não nas delegacias até que o pagamento do acordo seja feito."
 

 


"Reafirmo nosso compromisso com a atuação profissional dos policiais civis e repudiamos qualquer atentado contra a carreira e contra a integridade dos servidores. Seguiremos firmes adotando todas as medidas necessárias para preservação dos nossos direitos e avançaremos em nossas conquistas", concluiu a presidente.


Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image