A servidora Elizabete Maria de Almeida, que denunciou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por suposta ‘compra de votos’ para cassar o vereador Abílio Junior (PSC), foi intimada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e tem um prazo de 48 horas para apresentar as provas que dizia ter contra o emedebista. Em discurso recente, Abílio admitiu que pode ter sido usado pela funcionária do Hospital São Benedito.
A servidora foi intimada oficialmente nesta quarta-feira (18). Foi dado um prazo de 48 horas para que ela e seu advogado apresentem as provas que dizem ter.
Elizabete, servidora do Hospital São Benedito, denunciou ter recebido ordens de uma superior para estar no condomínio do vereador Juca do Guaraná (Avante), onde segundo a denunciante estavam sendo armadas ações contra o vereador Abílio Junior, que passa por um processo de cassação de mandato na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Na última semana, Abílio usou a tribuna para se desculpar com o colega Juca do Guaraná Filho (Avante) durante sessão. Em seu tempo de fala, o parlamentar admitiu que pode ter sido usado pela servidora Elizabete Maria de Almeida e pediu fim do ‘espetáculo’ que virou a briga dos dois.
Nos últimos dias os dois parlamentares trocaram várias acusações e ameaças de processos, devido ao caso, que já está sendo investigado pela Polícia Judiciária Civil e pelo Ministério Público do Estado.
Mostrando-se arrependido, Abílio se desculpou com o colega por expor a casa de Juca do Guaraná e principalmente a sua mãe, que apareceu em um dos vários vídeos divulgados pelos dois vereadores.
O vereador, por fim, afirmou que irá colocar uma pedra em cima do assunto e deixar que os órgãos competentes expliquem os fatos para a sociedade. “Se a mulher mentiu, ela terá que ser responsabilizada por isso e não vai sair barato. Ela usou a minha imagem e a sua. Da minha parte, independente do que acontecer, eu coloco uma pedra até que a polícia e o Ministério Público explique este fato”, concluiu.
Afastada do serviço
Elizabete Maria de Almeida apresentou atestado médico alegando problemas psiquiátricos e ficará afastada do trabalho até o mês de janeiro.
De acordo com o atestado assinado pela psiquiatra Sabrina da Fonseca, servidora apresentou sintomas ansiosos e depressivos e deve ficar afastada de seu trabalho pelos próximos 40 dias, retornando as atividades somente na primeira semana de janeiro.