Em meio às polêmicas do ‘jogo do Tigrinho’ e as chamadas ‘Bets’, que se espalhou pelo país, um velho conhecido dos mato-grossenses, vem mantendo seus negócios dentro dos bares e bairros da capital e da baixada cuiabana com o jogo do bicho e o bingo eletrônico: João Arcanjo Ribeiro.
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O jornal Centro Oeste Popular vem apurando por semanas, denúncias e imagens do aumento do jogo do bicho e maquinas de bingo eletrônico espalhado por Cuiabá e dezenas de cidades da região.
Os jogos, que são considerados contravenção, é feito diariamente em bares e na região central de Cuiabá, onde pessoas circulam a espera do cliente, que sabem dos jogos por indicação de terceiros, e assim a clientela aumenta.
Hoje, é bem mais discreto do que na década de 90 e início dos anos 2000, quando se tinha uma barraquinha de jogos em todas as esquinas, nos tempo da Colibri, empresa do ex-comendador João Arcanjo.
Fontes do jornal e autores das denúncias, afirmam que o jogo é comandado por pessoas ligadas a João Arcanjo, que desde 2019, quando foi preso pela última vez, junto com o empresário Giovanni Zem durante a Operação Mantus, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e a Delegacia Fazendária (Defaz), tem conseguido se livrar de dezenas de processos por prescrição.
A reportagem apurou ainda, que, com a eminência da aprovação do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, que pretende legalizar os jogos de azar no país, Arcanjo avalia entrar na disputa para operar alguns jogos no Estado.
Isso porque no caso de bingo e jogo de bicho, a autorização partirá de estados e municípios. O jogo do bicho ficará a cargo dos estados, já o bingo dos municípios.
O projeto não define número máximo de casas de bingo por município, mas estabelece que elas não poderão ficar a menos de 1 km umas das outras e a menos de 5 km de cassinos. Arca de Nóe João Arcanjo Ribeiro já foi considerado o homem mais poderoso de Mato Grosso, com influência em todos os Poderes do Estado. De acordo com as investigações, ele seria o ‘rei do crime’ da pistolagem em Mato Grosso.
Em dezembro deste ano, se completará 22 anos do início de sua derrocada. Em 5 de dezembro de 2022, a Polícia Federal deflagrou a Operação Arca de Nóe.
Ele conseguiu fugir. Porém, foi preso quase um ano depois no Uruguai, e de lá, deportado para o Brasil.
A Operação foi coordenada pelo então procurador da República, Pedro Taques, que ficou conhecido como “homem que prendeu Arcanjo”. E a prisão de Arcanjo foi decretada pelo ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso.
Após a operação, ambos se lançaram em carreira política, Taque se tornou senador e governados, já Julier disputou algumas eleições, mas não foi eleito.
Operação apurou desvio de recursos do erário por meio de pagamentos a empresas fantasmas e troca de cheques nas empresas do bicheiro. Ele ficou preso por 15 anos e está livre atualmente.