O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) encaminhou o processo sobre a possível compra de votos e porte de arma de Judite Geller, esposa do deputado federal Neri Geller (PP) para o Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo é que a Judite afirmou que a arma encontrada pertencia ao marido, que atualmente tem foro privilegiado.
A prisão, que durou menos de 24 horas, ocorreu em setembro de 2016. Foram apreendidos documentos e propagandas da campanha eleitoral de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), assim como um revólver calibre 38 e várias munições.
Em decisão de 29 de novembro, do juiz eleitoral Cristiano dos Santos Fialho determinou o envio do processo para o STF, por causa do cargo eletivo de Neri Geller.
Mesmo que o crime investigado não tenha sido cometido durante o mandato, o juiz lembrou uma manifestação do ministro Ricardo Levandowski no sentido de que "somente a Corte competente para processar e julgar autoridade com foro especial é que pode abrir mão de sua competência constitucional".