O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (6) que não há pontos inegociáveis no pacote de medidas econômicas enviado pelo governo ao Congresso.
Guedes participou de um café da manhã na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Pelo menos 37 senadores estavam presentes.
O pacote, entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso na terça (5), tem três propostas de emenda à Constituição (PECs), que buscam controlar os gastos públicos e equilibrar as contas da União, governos estaduais e municipais.
No café, Guedes apresentou para os parlamentares o pacote do governo. Para ele, o ministro que se recusa a negociar não está preparado para o exercício da democracia.
“Seria arrogância dizer que tem algum ponto inegociável”, afirmou.
Guedes, no entanto, afirmou que espera menos mudanças no texto em comparação à reforma da Previdência, que acabou desidratada pelos parlamentares durante a tramitação.
“Eu acho que é diferente da previdenciária. Na previdenciária, realmente, mandamos lá R$ 1,2 trilhão e aí houve bastante cortes. Mas foram cortes extremamente compreensíveis na democracia, e louváveis”, disse o ministro.
“Não é que o limite [para mudanças] é menor. É que eu acho que vai acontecer naturalmente. Como a outra [previdência] foi uma iniciativa nossa e depois a Câmara o Senado tiveram que recalibrar, dessa vez fizemos o contrário. Nós nos entendemos antes e recalibramos juntos”, explicou.