A Justiça Federal determinou que o senador Wellington Fagundes (PL) se manifeste sobre a necessidade de oitiva do suplente de deputado estadual, Oscar Bezerra, em processo proveniente da Operação Sanguessuga.
Oscar Bezerra deve ser ouvido como testemunha. Porém, o suplente do parlamento estadual não foi localizado no endereço indicado em processo. Conforme os autos, a defesa de Fagundes se comprometeu a levar Bezerra em audiência marcada para o dia 17 de fevereiro de 2020.
O caso tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação penal está relacionada à chamada Operação Sanguessuga. A ministra Rosa Weber, do STF, reconheceu no dia 30 de maio o fim do foro privilegiado do senador Wellington Fagundes.
Acusação descreve o recebimento indevido de valores no período entre 2001 e 2006 pelo então deputado federal, o que teria ocorrido em troca da assinatura de emendas parlamentares autorizando convênios entre União e municípios para a aquisição de ambulâncias.
As aquisições eram direcionadas à empresa Planam, que em troca da operação transferia recursos para a conta do acusado e de seus parentes, por intermédio de empresas vinculadas.
Segundo o relatado na denúncia, o deputado disponibilizou seu mandato parlamentar em favor de Darci e Luiz Antônio Vedoin, proprietários do grupo Planam, a quem teria garantido recursos por meio de emendas parlamentares, que subsidiaram a aquisição de ambulâncias em vários municípios do Mato Grosso.
Em troca, o parlamentar teria recebido vantagem patrimonial indevida no valor mínimo de R$ 100 mil, por método de dissimulação da origem dos recursos.