O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), protocolou nesta segunda-feira (2) uma denúncia contra a Polícia Civil e a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), por suposto uso ilegal da máquina pública contra a gestão do Executivo municipal.
Na denúncia, Pinheiro afirma que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, pressionou os delegados da Defaz, Anderson Veiga e Lindomar Toffoli, para “agilizar” a investigação sobre a suposta compra de votos dos vereadores na casa de Juca do Guaraná (Avante).
Emanuel entregou a denúncia ao presidente e vice-presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB). O documento será avaliado pela Procuradoria Legislativa e, possivelmente, analisada pelo Colégio de Líderes na terça-feira (3), para que seja decidido se a denúncia vai para o Plenário. A Assembleia pode encaminhar a denúncia para o Ministério Público do Estado (MPE) ou até abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o uso político da Defaz.
As informações preliminares são de que depois do “pedido” de Demerval, os delegados alegaram não ter provas concretas que subsidiem uma investigação e sofreram sanções por causa da negativa, pois o pedido, segundo Emanuel Pinheiro, partiu do governador Mauro Mendes (DEM).
Denúncia de compra de votos
A investigação citada por Pinheiro é decorrente da denúncia de uma servidora pública, que afirmou que os vereadores da base do prefeito se reuniram na casa do Juca do Guaraná para negociar a cassação de Abílio Junior (PSC), com pagamento de propina em dinheiro.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não foi notificada oficialmente sobre a denúncia, por isso, não irá se pronunciar. O delegado-geral afirmou desconhecer a denúncia.