A caminho das eleições de 2026, o atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), tem intensificado suas críticas ao governo Lula. No último domingo (16), ele viajou ao Rio de Janeiro para participar de uma manifestação ao lado de Jair Bolsonaro. Durante o evento, o governador compartilhou diversas postagens nas redes sociais defendendo a anistia para os presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, acompanhado de sua esposa, Virginia Mendes.
Mato Grosso, um estado com forte apoio a Bolsonaro, se torna um terreno estratégico para Mauro Mendes, que se posiciona como pré-candidato ao Senado e reconhece a importância desse apoio para garantir sua vitória nas eleições. No entanto, a disputa será acirrada, com nomes de peso como o deputado federal José Medeiros, uma figura bolsonarista fiel; a deputada Janaina Riva (MDB); o atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro; e até mesmo o senador Jayme Campos, do mesmo partido de Mendes, que pode optar por disputar a reeleição ou o governo do estado. Jayme, no entanto, ainda é uma incógnita.
O cenário aponta para uma disputa marcante, com pelo menos quatro grandes adversários no campo político. Diante disso, fontes indicam que Mauro já iniciou sua movimentação política com foco nas eleições de 2026. As críticas intensificadas ao governo Lula e sua presença no ato ao lado de Bolsonaro são indicativos claros dessa estratégia. Informações apontam que o governador já teria confidenciado a aliados que pretende atuar politicamente de maneira mais direta neste ano. Além disso, ele deve intensificar os investimentos nos municípios, buscando o apoio de prefeitos. Contudo, a política vai além do apoio dos líderes tradicionais, sendo essencial conquistar o eleitorado em geral.
No evento de domingo, Mendes reiterou suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que as penas impostas aos manifestantes condenados pela invasão dos prédios públicos em Brasília, em janeiro de 2023, eram desproporcionais.
Além disso, postou fotos com Jair Bolsonaro, que esteve presente no ato, e com outros políticos que o defendem no caso da alegada tentativa de golpe de Estado no final de 2022, revelada pelo ajudante de Bolsonaro na época, Mauro Cid. O governador tem criticado as penas aplicadas aos manifestantes há meses, afirmando que a anulação da lei de Mato Grosso que punia invasores de terras, comparada às sentenças de vandalismo de dois anos atrás, é um claro exemplo de distorção nos julgamentos.
"Sim, aqueles que participaram do episódio de 8 de janeiro erraram, mas as condenações são absurdamente desproporcionais. Enquanto isso, os verdadeiros criminosos deste país, como os faccionados, continuam a matar, roubar e traficar, e são beneficiados por leis frouxas", disse Mendes.
Além do governador, participaram do ato o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), a primeira-dama Virginia Mendes, o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), e o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).