O Deputado José Medeiros (Podemos-MT) propõe convite a William Bonner (editor-chefe do JN), Ali Kamel, Carlos Henrique Schroder, Roberto Irineu Marinho, da alta cúpula da Rede Globo, além do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para serem ouvidos CPI das Fake News.
O Jornal Nacional (JN), da TV Globo, admitiu, nesta quarta-feira, 30, a explicação do Ministério Público (MP), de que o porteiro do Condomínio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro, mentiu no depoimento à polícia, em que afirmou ter interfonado para casa da família Bolsonaro, para autorizar a entrada de Élcio Queiroz, um dos suspeitos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista Anderson Gomes, no dia do crime, em 14 de março de 2018.
Na noite de ontem, o JN havia veiculado reportagem exclusiva contando sobre depoimento do porteiro para a Polícia Civil. Mas, nesta quarta, o Ministério Público concluiu suas apurações e concluiu que na verdade o homem teria mentido no depoimento e que na verdade, Élcio é autorizado a entrar no condomínio por Ronnie Lessa, acusado de ter efetuados os disparos que matou Marielle e Anderson.
Na mesma noite, Bolsonaro também teve uma reação exacerbada quanto a reportagem, dizendo se sentir perseguido pela emissora, e a insultando com palavrões e gritaria. Ele ameaçou até mesmo romper o contrato de concessão da TV Globo.
O Jornal Nacional, após fazer uma retrospectiva da reportagem de terça-feira, divulgou um vídeo feito por Carlos Bolsonaro desmentindo o porteiro. A TV Globo não negou o envolvimento das milícias, muito menos a relação delas com os filhos do presidente. Tampouco negou as vezes que Bolsonaro elogiou atividades paramilitares.
Em seguida, o telejornal deu a explicação do MP, que aponta que o funcionário do condomínio Vivendas da Barra mentiu nos depoimentos prestados à Polícia Civil e que ele não falou com Jair Bolsonaro. A investigação teria sido concluída nesta quarta, apenas depois que o JN divulgou a matéria.
Por último, o Jornal Nacional divulgou a decisão do procurador Augusto Aras, que também descartou qualquer elo entre Bolsonaro e o caso.