O ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), voltou a afirmar que não pretende voltar para a política. Segundo ele, os mais de 24 anos foram suficientes para trabalhar pelo Estado e o país. Além disto, em conversa com jornalistas, ele ainda destacou a liberdade que desfruta fora dos holofotes.
“Minha decisão é de não voltar para a política. Não volto, está totalmente descartado. Não tenho nenhuma pretensão de disputar eleições. Não disputarei. Até digo mais, se houvesse a possibilidade de me nomear como senador, teriam dois trabalhos. Um de nomear e outro de desnomear”, disse Blairo.
O ex-senador comentou que, enquanto esteve na política, tentou fazer o seu melhor. “Tudo tem seu tempo na vida, vocês pensam que foi rápido? Fiquei 24 anos envolvido com a coisa pública. Chegou um tempo em que não dá mais. Não queiram imaginar como é bom reconquistar a liberdade”.
Blairo ainda pediu respeito com a senadora Selma Arruda (Pode), que teve o mandato cassado pela Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Não podemos faltar com respeito. Ela tem um mandato. Foi cassado? Sim, mas ela tem onde recorrer. Ficar falando de herança sobre uma pessoa que não morreu, é complicado. O dia em que e se confirmar a cassação, pode-se discutir algo”.
Eleita como a candidata mais votada ao Senado nas eleições passadas, com quase 700 mil votos, a juíza aposentada Selma Arruda teve seu mandato cassado por unânimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, acusada de omitir da Justiça despesas de R$ 1,2 milhão durante a campanha, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.
Em um de seus últimos atos à frente da Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, emitiu um parecer no qual defendeu a cassação imediata do mandato de Selma e a realização de novas eleições em Mato Grosso para preencher a vaga. A cassação de Selma ainda precisa ser confirmada pelo TSE, mas a análise do processo ainda não tem data marcada.
Entre os nomes que já surgiram no horizonte como possíveis candidatos está o do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, o ex-governador Júlio Campos e o deputado Dilmar Dal’Bosco, todos do DEM. Além deles, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que é do mesmo grupo, pleiteia a vaga. Todos eles têm aval do governador Mauro Mendes (DEM), que aposta na confirmação da cassação de Selma.