03 de Dezembro de 2024

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

POLÍTICA Quinta-feira, 28 de Novembro de 2019, 16:40 - A | A

Quinta-feira, 28 de Novembro de 2019, 16h:40 - A | A

VETOS

Após vetos, governador terá de encaminhar substitutivo integral da LOA 2020

Olhar Direto

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), explicou nesta quinta-feira (28) que o governador Mauro Mendes (DEM) deve encaminhar para o Legislativo, já nos próximos dias, um substitutivo integral para comutar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA-2020).

 



As mudanças devem ser feitas porque os deputados derrubaram alguns vetos do governador em artigos da lei do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, mais conhecido como Prodeic. A derrubada do veto deve comprometer a arrecadação em pouco mais de R$ 400 milhões do previsto no PLOA. 

O pedido de retirada do PLOA, pelo Governo do Estado, foi feita por meio de Ofício lido durante a sessão ordinária de quinta-feira (28). Mas a retirada da proposta não é mais possível porque já foi votada nas comissões e passou em 1ª votação na sessão ordinária de quarta-feira (27), à noite.

“O governador pode mandar um substitutivo integral para a Assembleia Legislativa sem a necessidade de retirá-lo de sua tramitação. A relação do governo com a Assembleia é boa, e continua sendo. Não temos nenhum estremecimento em nossas relações constitucionais. Muito pelo contrário, está firme e forte”, destacou Botelho.

Questionado se a derrubada de alguns vetos durante as sessões ordinária e extraordinária,  realizadas ontem, foram um recado dos deputados ao governador Mauro Mendes, Botelho disse que “fizemos o que tinha que ser feito. Houve esse entendimento tem que ser respeitado. Como presidente respeito a maioria. Isso é democracia. O governo não queria isso, mas tem que respeitar a vontade da maioria”, disse.

A 2ª votação do PLOA, de acordo com Botelho, deve acontecer logo após o governador encaminhar para a Assembleia Legislativa as mudanças proposta pelo governo. Em função disso, segundo ele, o cronograma de votação deve atrasar. “Em dezembro isso não deve acontecer. O PLOA deve ser votado em janeiro de 2020. Não vamos entrar em recesso. Vamos trabalhar em janeiro”, disse.

O deputado Valdir Barranco (PT) afirmou que o ofício foi encaminhado de forma tardia, porque os deputados já haviam aprovado o PLOA em primeira no Plenário. “Se há a votação foi feita em primeira, não pode mais haver a devolução do projeto ao governo. Como o ofício foi lido com um dia de atraso, não há nenhuma possibilidade de a Assembleia restituir a proposta ao governo para fazer as mudanças. Ele teve todo o tempo para fazê-lo, mas não o fez”, disse.

Barranco não descartou a possibilidade de o pedido de retirada da proposta ter sido feita em função de os deputados terem derrubado alguns vetos do governo. “O PLOA foi votado por unanimidade. A retirada do projeto só se justifica com referência a derrubada do veto, que ele trabalhou muito para ser mantido. Mas isso não será possível”, disse.

De acordo com o deputado Lúdio Cabral (PT), parte da oposição votou junto com o governo, mas mesmo assim o Parlamento derrubou o veto. “O governo perdeu para o poder econômico. Mas isso não justifica de o governador, pelo estresse dele, pela incapacidade dele de articular a base dele, pedir a retirada do PLOA. Quem o ajudou a manter o veto foi a oposição. Não adianta ele colocar o Legislativo numa situação de desconforto com a opinião pública”, disse.



O projeto de lei complementar 53/2019 votado em julho, de acordo com Cabral, aponta que a única mudança é do regime de tributação do comércio, ampliando a arrecadação financeira em mais de R$ 1 bilhão. “O próprio governador está subestimando a arrecadação do orçamento. Ele manteve o mesmo padrão de privilegio que a indústria e os gigantes dos agronegócios têm hoje em Mato Grosso”, disse. 

 


Agora, segundo Cabral, não dá para o governo retirar o orçamento de tramitação e culpar a Assembleia Legislativa. “A responsabilidade é dele e da base governista na Assembleia. Se estivesse preocupado de verdade, em não atender os interesses econômicos, teria feito as mudanças na votação da lei em julho”, afirmou. (Com assessoria)


Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image