"A minha principal bandeira é a fiscalização”, afirma pré-candidata a vereadora do Partido Socialista Brasileiro

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Vilma Barros, de 53 anos, é natural da capital mato-grossense e atualmente pré- candidata pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Teve seu início na carreira política nas eleições de 2020, quando decidiu se candidatar a vereadora, motivada pela luta para com as causas sociais.

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Inspirada por sua mãe, que foi uma grande líder comunitária, Vilma sempre se viu envolvida e tocada pelo ativismo, garantindo o anseio por continuar esse trabalho ocupando lugar no legislativo cuiabano. “Trabalhar para a população, buscar recursos, melhor a vida do próximo. Isso foi crescendo dentro de mim. Eu disse ‘olha, acho que está na hora de eu deixar de me acovardar e me posicionar. A gente tem que fazer alguma coisa. Acredito que posso. Tenho qualificações para isso. Tenho experiência para isso.”, assegurou a política.

A pré-candidata relata que sua primeira candidatura ocorreu há quatro anos. Inicialmente, ela hesitou devido à falta de experiência com a política em si e problemas de saúde - pois foi infectada pelo vírus do COVID na época -, mas acabou concorrendo e aprendendo conforme a campanha acontecia. Agradecida por todo esse processo, destacou a importância do aprendizado e das conexões feitas durante sua campanha, ainda que usufruísse de recursos limitados, como seu próprio carro como “gabinete”.

Apesar dos desafios, conseguiu 701 votos e ficou como suplente, assumindo como vereadora por um período de 30 dias em 2022. Naquele mesmo ano, foi instruída a se candidatar como Deputada Federal e, por fim, realizou sua candidatura como Deputada Estadual. “Na época, entendi que não teria como (concorrer como Deputada Federal), até porque não tinha recursos para tocar uma campanha. E aí, para não desestruturar toda aquela organização, a dinâmica do partido e do grupo, fiquei como estadual e obtive quase 3 mil votos. Foi uma   experiência única essas duas vezes como candidata. Serviram para me amadurecer e conhecer um pouco do campo político, que é importante”, relatou Vilma.

Acerca do cenário político como um todo, a pré-candidata afirma “ver mudanças”, especialmente em relação à participação direta da sociedade na política, algo que em tempos anteriores não se via muito. “Com todas as situações que têm de corrupção, desvios, roubos... Tudo isso traz um desânimo para as pessoas de bem. Então, eles acabam recuando. Acredito que houve um avanço porque observo que essa campanha de agora vai ter muitas surpresas. Muitas pessoas de bem que despertaram e colocaram o seu nome”.

Correlacionando o cenário político conjuntamente à atual gestão que comanda a prefeitura municipal, sua opinião já destoa de algo positivo, “É lamentável até falar sobre isso. As notícias, por si só, elas mostram. As estatísticas mostram quanto aumentou o número de pessoas que estão na fila do SUS. Os projetos sociais praticamente se acabaram. As ruas... O que nós temos de saneamento básico? Se formos olhar para o avanço na construção de creches e escolas, é um número insignificante para alguém que ficou por 8 anos. Então, para mim, hoje, falando como eleitora, como cidadã e como representante, eu avalio como péssimo. Uma gestão péssima. Mas, eu também não atribuo somente ao prefeito. Ele não fez isso tudo sozinho. Houve conivência da Câmara com toda a situação. Ele só chegou aonde chegou, só conseguiu fazer o que fez, porque houve aliados fortes”, opinou a entrevistada, que seguidamente afirmou seu apoio ao pré-candidato ao pleito municipal Eduardo Botelho.

Entre seus projetos já idealizados, ela destaca a revitalização dos centros comunitários abandonados para oferecer capacitação e cursos profissionalizantes às famílias que sofrem com a vulnerabilidade social, bem como o anseio em ampliar o número de creches, abordando a necessidade de apoiar as famílias e prevenir problemas futuros, como o aumento da criminalidade e a necessidade de mais presídios. Vilma acredita que investir em educação e assistência desde a infância é crucial para um futuro melhor para as crianças e, a longo prazo para uma sociedade melhor. “Já ouvi muitos dizendo que em Mato Grosso precisa se ampliar o número de presídios. Não acredito nisso, não acredito que isso seja a solução. Acredito que o município, o Estado, eles precisam abraçar os nossos filhos, os nossos netos, hoje enquanto crianças. Para assim, eles não precisarem chegar a necessitar de presídios”, salientou a pré-candidata do Partido Socialista Brasileiro.  

Sobre seus principais ideais, a entrevistada foi sucinta, reafirmando mais uma vez a ajuda às pessoas que mais necessitam. “Ouvir, agir e mudar, principalmente. Então, assim, a minha principal bandeira é fiscalizar. É muito importante fiscalizar. Até porque é por falta de fiscalização, que hoje a saúde está da forma como está. Pessoas morrendo, pessoas angustiadas nas filas, aguardando uma cirurgia. Por isso também, que uma pauta que defendo muito é o atendimento social. Isto é a minha vida. Até porque, cresci no meio da família trabalhando pelo social e entendi que, através disso, você pode mudar a vida de muitas pessoas”.

Vilma diz ter escolhido o Partido Socialista Brasileiro (PSB) por se sentir em casa e pelo comprometimento dos líderes do partido, mesmo que recebesse propostas vindas de outras coligações. Entretanto, ressaltou que independente disso, caso eleita, seu mandato será para a população geral, sem quaisquer exclusões. “Não quero liderar para A e B. Até porque, se eu fizer isso, vou limitar o meu público. E aí, vou dizer que eu quero trabalhar só para esse público. Eu quero trabalhar de maneira geral. Então, meu foco é atingir a todas as esferas. Sem nenhuma segregação”, explicou Vilma.