18 de Abril de 2025

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

POLÍCIA Terça-feira, 22 de Outubro de 2019, 16:32 - A | A

Terça-feira, 22 de Outubro de 2019, 16h:32 - A | A

LÍDER DO ESQUEMA

Valdir Piran é acordado pela Policia no Distrito Federal; Veja o Vídeo.

RD NEWS

O empresário Valdir Piran, dono de factoring em Cuiabá, é apontado como líder de esquema investigado na Operação Quadro Negro, desencadeada nesta manhã (22) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR). Ele é um dos seis presos acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica e, de acordo com a polícia, os articulava.

Delegado Anderson Veiga, titular da Deccor, chama a quadrilha de “parasitas” do dinheiro público e confirma que juntos movimentaram ilegalmente algo em torno R$ 10 milhões.

As informações foram repassadas em coletiva à imprensa minutos após o cumprimento das ordens de prisão.

Veja vídeo do momento da prisão de Piran

 

Rodinei Crescêncio

operação quadro negro delegado defaz - luiz henrique damaceno

Delegados Fernando Vasco, Anderson Veiga, Luiz Damasceno e Bruno Barcellos, dando explicações à imprensa sobre o esquema, hoje (22) na sede da Defaz

Suspeitas

Foi a Controladoria Geral do Estado (CGE) que apontou, em relatório, diversas irregularidades em dois contratos, o 013 e 040, assinados pela empresa Avançar Tecnologia em Software e o antigo Cepromat.  A empresa deveria entregar programas de computador para escolas estaduais no entanto parte delas recebeu produtos piratas. Quando colocavam para "rodar", continham dados antigos ou história de cidades do interior de São Paulo. Outras nem isso receberam. Lousas digitais que constavam no contrato por exemplo não foram entregues.

"A CGE detectou irregularidades gritantes, como quase a inexecução completa do contrato e também a liquidação do pagamento (à Avançar) em um prazo recorde. Prazo que em um dos contratos foi de 20 dias”, pontua o delegado Veiga.

Na operação, representante legal da Avançar, Weydson Soares Fonteles, está entre os presos. O delegado Luiz Henrique Damasceno, que também investiga o esquema, afirma que ele é “laranja” de Piran. Isso porque recursos movimentados pela empresa "fantasma" iam para as contas bancárias do empresário.

Diante do relatório da CGE, a Polícia Civil iniciou as investigações, pela “trilha financeira” de Piran. Verificou que, em 2015, a Seduc informou desconhecer o software. Neste momento é que outro preso, o Francisvaldo Pereira de Assunção, atesta o recebimento de produtos piratas ou comparadas a “fumaça”. Ele era adjunto da então secretária de Estado de Educação, Rosa Neide, atual deputada federal pelo PT, mas os delegados reafirmaram em coletiva à imprensa que não há elementos vinculantes dela ao esquema.

A operação é uma força-tarefa da recém-criada Deccor, da Delegacia Fazendária (Defaz) e o Cira, que é um comitê que tem membros da Polícia Civil e do Ministério Público.

O delegado Bruno Barcellos, do Cira, afirma que a operação transcorreu dentro da legalidade, a serviço da sociedade mato-grossense.

Veja vídeo

 

Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Centro-Oeste Popular (copopular.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image