Um funcionário da Prefeitura de Alta Floresta (a 792 quilômetros de Cuiabá) foi preso por usar o cartão de uma pessoa morta para fazer empréstimo e saques bancários. O mandado de prisão foi cumprido na segunda-feira (4). Ele estava cedido à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e aproveitou da função para praticar o crime.
De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de munições, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, no bairro Boa Nova III. O funcionário público também responderá em inquérito policial pelos crimes de peculato e estelionato.
A vítima foi encaminhada ao Hospital Regional de Alta Floresta no dia 26 de julho com quadro de agressão física. No dia 30, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar sendo o corpo encaminhado à Politec, para verificação da causa da morte.
No dia 31 de julho, os funcionários da agência bancária do Sicredi de Paranaíta, onde a vítima possuía conta corrente, perceberam uma movimentação estranha, referente a um empréstimo pessoal no valor de R$ 5.250, além de saques no valor de R$ 2,5 mil. Todas as transações foram realizadas em caixas eletrônicos da agência de Alta Floresta.
Assim que foi notificada da situação, a Polícia Civil de Alta Floresta iniciou as investigações e por meio de imagens de circuito interno de segurança conseguiu identificar o autor da fraude. Segundo o delegado, Pablo Carneiro, o suspeito se valeu da condição de servidor público para subtrair o cartão bancário da vítima quando o corpo foi encaminhado para o exame de necrópsia.
“Como a conta da vítima não tinha saldo, o suspeito contrato um empréstimo para posteriormente realizar os saques dos valores”, explicou o delegado.
Na casa do investigado, os policiais apreenderam 9 munições, sendo 8 calibre 38 e 1 calibre 32. Questionado, o suspeito disse que já havia destruído o cartão da vítima.
O servidor foi conduzido à Delegacia de Alta Floresta, onde após ser interrogado, foi autuado em flagrante por posse ilegal de munições. O delegado arbitrou fiança no valor de R$ 1 mil e o suspeito responderá em liberdade pelos inquéritos pelo de posse ilegal, estelionato e peculato.