De acordo com informações da Polícia Militar, a situação teria acontecido porque o garoto teria batido no quadro da sala de aula, o que teria causado um princípio de desordem. Entretanto, a professora pensou que a menina teria batido no quadro. Com isso, teria proferido as palavras de cunho racista. "Sua preta, veja a sua cor, quer se aparecer, pinta e sai pra fora", descreve a ocorrência.
A aluna então teria tentado sair da sala para falar com o diretor, mas a servidora teria levantado o braço, como forma de ameaçar uma agressão. Ao avistar a situação, o garoto teria tentado intervir, mas teria sido puxado pelo braço com força e levado um "pisão".
A professora contou aos policiais que ambos alunos estavam agitados e causavam baderna na sala. Com isso, teve que agir de uma forma que ela considera "enérgica", com a intenção de manter a ordem. Ela alegou que em momento nenhum disse algo ofensivo a raça ou etnia da aluna.
A servidora acrescentou que a garota seria uma aluna indisciplinada, inclusive a direção da unidade escolar já teria advertido a mesma. Na ocasião, o diretor contou que a aluna tem comportamento inadequado em sala de aula e já havia tomado providências de cunho interior em razão disso.
Diante dos fatos, as partes envolvidas foram encaminhas à Central de Flagrantes para as devidas providências. As mães das crianças manifestaram vontade de representar criminalmente contra a professora. A Polícia Civil investiga o caso.
Outro lado
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação (Seduc) se manifestou sobre o ocorrido e disse que repudia e não admite qualquer prática discriminatória no âmbito da Rede Estadual de Ensino. Veja nota na íntegra:
Em relação ao caso envolvendo uma aluna e uma professora numa escola da Capital, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que:
Foi comunicada do caso e está buscando informações sobre o ocorrido junto à unidade escolar e às autoridades policiais para posteriormente avaliar quais medidas serão tomadas.
A Seduc deixa claro o posicionamento de que repudia e não admite qualquer prática discriminatória no âmbito da Rede Estadual de Ensino.