O médico Emilson Miranda Junior, 30 anos, foi preso novamente nesta terça-feira (12), em Cuiabá. Ele é acusado, mais uma vez, de crimes de ameaça e lesão corporal, conforme previsão na Lei Maria da Penha. A ordem judicial foi cumprida pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
O mandado de prisão foi deferido pela 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Cuiabá. Ele foi ouvido no inquérito policial, referente à ocorrência registrada pela vítima no início deste mês, e depois encaminhado para audiência de custódia da Justiça.
O suspeito responde a outros inquéritos instaurados pela Delegacia da Mulher de Cuiabá.
Em fevereiro deste ano, Emilson Miranda Junior foi preso após uma empresário realizar uma denúncia contra ele. Ela relatou no boletim de ocorrências que estava na casa do namorado, quando teve início uma discussão. O médico então teria começado a xingá-la e depois partiu para a agressão física, atacando-a com socos na cabeça, boca, puxões de cabelo, tapas e também puxando sua orelha.
Em dado momento, o agressor ainda teria jogado a mulher na cama e mandado que ela calasse a boca. A empresária conseguiu correr para a cozinha, onde a mãe do médico abriu a porta para ela sair e a acompanhou até a casa de um vizinho.
A mãe do médico então ligou para o outro filho, já que ela também tem muito medo do agressor. Enquanto isto, a empresária resolveu ligar para o ex-marido, que é juiz da vara de violência doméstica, que orientou que ela registrasse boletim de ocorrência e fizesse uma medida protetiva contra ele.
O médico então teria feito mais ameaças, dizendo para a empresária que iria cortar a sua filha em mil pedaços e matá-la, caso ela relatasse algo para o ex-marido, que é juiz.
O acusado ainda teria ligado para uma amiga da empresária, xingando-a e fazendo ameaças. Além disto, acrescentou que iria acabar com a vítima e iria processá-la, por ter dito que ele é usuário de drogas e que foi expulso da prefeitura.
No ano retrasado, o médico foi preso acusado de agredir uma professora, que era sua namorada à época. Ela também teria sido agredida com socos e tapas no rosto e na cabeça. Na ocasião, o acusado ainda ameaçou divulgar um vídeo íntimo da mulher, caso mantivesse a denúncia.
Emilson conseguiu reverter a prisão preventiva após pagamento de fiança no valor de R$ 28.110,00. Ele alegou ter transtornos mentais e foi obrigado a se internar em uma clínica de reabilitação, para fazer desintoxicação das drogas farmacêuticas. A decisão foi dada pelo desembargador Marcos Machado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.