09 de Outubro de 2024

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POLÍCIA Sexta-feira, 22 de Novembro de 2019, 11:10 - A | A

Sexta-feira, 22 de Novembro de 2019, 11h:10 - A | A

LIBERADO

Médico acusado de violência doméstica é solto com tornozeleira e vítima recebe botão de alerta em Cuiabá

G1

O médico Emilson Miranda Júnior, de 30 anos, que estava preso desde o dia 12 de novembro, em Cuiabá, suspeito de ameaça e lesão corporal contra uma mulher, foi solto nessa quinta-feira (21) após decisão judicial.

O processo tramita em sigilo. Emilson recebeu tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar da vítima, que ganhou um botão de alerta.

A decisão é da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara da Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá.

Ele responde a vários processos por violência doméstica e tinha sido preso outra vez, em fevereiro deste ano, onde ficou pouco mais de um mês preso

“Revogo o decreto de prisão preventiva e, visando evitar que ele volte a perseguir a vítima, decreto medidas cautelares determinando monitoramento eletrônico, por meio de colocação de tornozeleira eletrônica”, consta trecho da decisão.

O advogado do médico, Rodrigo Araújo, disse que Emilson nega veementemente as acusações.

Para o advogado, a prisão foi totalmente desnecessária, pois, supostamente as ameaças e agressões ocorreram no dia 22 de outubro, enquanto a vítima somente procurou a polícia no dia 5 de novembro.

“Durante esse período, não houve nenhum fato que justificasse a prisão [dele]”, disse o advogado.

De acordo com a decisão, não havia mais motivos para a manutenção da prisão do médico.

“[Determino] a entrega do botão de alerta à vítima, ficando [o médico] proibido de se aproximar da vítima a uma distância de 500 metros”, finalizou a juíza.

O médico estava no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), recebeu a tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (22) e foi colocado em liberdade.

 

Outros casos

Ele responde a outros inquéritos instaurados pela Delegacia da Mulher de Cuiabá.

Em fevereiro, ele foi preso por agredir a namorada e ameaçar a filha dela. Na denúncia, a namorada do médico contou que estava na casa do namorado quando começaram a discutir. Logo em seguida, segundo ela, o médico teria dado vários socos na cabeça e na boca, além de puxões de cabelo e tapas.

O médico teria falado ainda que se ela contasse para o ex-marido, que é juiz da Vara Especializada de Violência Doméstica, iria matá-la e cortar a filha dela “em mil pedaços”.

Emilson já responde a dois processos por violência doméstica. Em um dos casos, a vítima conseguiu medida protetiva contra ele.


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