Preso no regime semiaberto acusado de comandar o jogo do bicho em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro obteve a permissão da Justiça para passar as festas de fim de ano na fazenda dele, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
O juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, atendeu o pedido da defesa de Arcanjo e permitiu que ele fique na propriedade rural entre os dias 21 de dezembro de 2019 e 6 de janeiro de 2020.
“Não se pode tolher o recuperando João Arcanjo Ribeiro de direito que todos os demais 2,5 mil sentenciados, cumprindo o regime semiaberto, teriam, sob pena de desequilibrar a forma igualitária e imparcial de como todos são tratados por este juízo”, determinou o magistrado.
João Arcanjo Ribeiro foi preso no dia 29 de maio deste ano, durante a Operação Mantus, e passou para o regime semiaberto, monitorado por tornozeleira eletrônica, em 26 de setembro.
Antes de ser preso preventivamente, Arcanjo já cumpria pena com tornozeleira eletrônica e medidas cautelares.
João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.
No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.