O juiz Flávio Miraglia, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, redesignou para o dia 23 de janeiro de 2020 uma audiência de instrução em processo que pode determinar júri popular contra Dayane Pereira Pimenta e Adão Joasir Fontoura, acusados pela morte do empresário Wagner Florêncio, suposto líder de um esquema de sonegação em Mato Grosso.
A data servirá para oitivas de testemunhas, bem como interrogatórios dos acusados. Além de remarcar a audiência, Miraglia manteve prisão preventiva decretada contra Adão. Inicialmente a audiência estava marcada para ocorrer no dia 21 de novembro.
Wagner foi morto em fevereiro com cinco tiros dentro de um carro, modelo Renault Sandero branco, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. Ele era considerado líder de um esquema desbaratado pela Operação Crédito Podre. Investigações apuram se o crime se enquadra na modalidade queima de arquivo.
Após a audiência, Miraglia decidirá se há fundamento para sentença de pronúncia. Caso seja procedente, decisão levará os acusados a júri popular no fórum de Cuiabá.
A operação Crédito Podre foi deflagrada pela Polícia Judiciária Civil. Segundo investigações, no mínimo vinte empresas fantasmas ou de fachadas teriam sido utilizadas no esquema que teria sonegado mais de R$ 140 milhões do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os investigados na Operação Crédito Podre foi recebida pelo juiz da Sétima Vara Criminal em janeiro de 2018. Tornaram-se réus na ação, além de Wagner Florêncio, Almir Cândido de Figueiredo, Rivaldo Alves da Cunha, Paulo Serafim da Silva, Kamil Costa de Paula, Evandro Teixeira de Rezende, Paulo Pereira da Silva, Diego de Jesus da Conceição, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina, Cloves Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Jean Carlos Lara, Rinaldo Batista Ferreira Júnior, Rogério Rocha Delmindo, Neusa Lagemann de Campos, Keila Catarina de Paula e Alysson de Souza Figueiredo.