03 de Dezembro de 2024

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POLÍCIA Sexta-feira, 29 de Novembro de 2019, 09:36 - A | A

Sexta-feira, 29 de Novembro de 2019, 09h:36 - A | A

DENUNCIA

Indígenas são denunciados por duplo homicídio e cárcere privado em MT

G1

Três indígenas da etnia Enawenê-Nawê, oriundos da aldeia Halaytakwa, por cárcere privado e homicídio, ocorrido em dezembro de 2015, em Juína, a 737 km de Cuiabá. Eles são investigados por torturarem e matarem os amigos Genes Moreira dos Santos Júnior, de 24 anos, e Marciano Cardoso Mendes, de 25 anos. Além de sequestrar uma terceira vítima.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso, as vítimas trafegavam pela BR-174, quando romperam um bloqueio feito pelos indígenas para cobrar pedágio. Em seguida, os índios pegaram duas caminhonetes e perseguiram os dois homens. Eles foram capturados e levando para a aldeia.

No caminho até a aldeia encontraram um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) que acompanhava uma equipe do governo do estado em obras de cascalhamento da estrada que liga a aldeia até a rodovia.

Ao ver as vítimas amarradas na carroceria da caminhonete, o servidor teria tentado dissuadir os indígenas de levar as vítimas para a aldeia, mas sim para a cidade e entregá-los a Polícia Civil. Entretanto, o servidor foi forçado a ir para a aldeia.

Ao chegaram na comunidade indígena, os servidores do Posto de Saúde indígena tentaram socorrer os homens. Porém, aproximadamente 100 índios cercaram o local e levaram os homens para um outro lugar, onde teriam sido amarrados e torturados.

Para agredir as vítimas, os agressores teriam usado pedras e borduna. Também chegaram a queimar os rapazes com madeira incandescente. Novamente o servidor da Funai tentou negociar com os índios, orientado que eles levassem as vítimas para a delegacia.

Ainda segundo o MPF, durante aproximadamente 40 minutos, cerca de 300 indígenas teriam discutido a entrega das vítimas para a polícia. Por fim, foi decidido que as vítimas seriam levadas para a delegacia de Juína.

Cada uma das vítimas teria ido em uma caminhonete, acompanhada por indígenas. O servidor foi em uma das caminhonetes com uma das vítimas. No trajeto até a cidade, os indígenas pararam os veículos e executaram os dois homens, liberando o servidor sob ameaças de morte a ele e a família.

 

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