Um estudante trans de 16 anos denunciou a Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, depois de ser impedido de jogar futsal nas olimpíadas, pelo professor de educação física e pelo juiz, na tarde da última quinta-feira (19). A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) irá acompanhar o caso.
Conforme boletim de ocorrência registrado na 1ª delegacia de Polícia Civil de Cuiabá, nesta semana a escola estaria realizando os jogos estudantis. O aluno trans que sempre foi chamado pelo nome social desde que entrou na escola, teria o costume de jogar no time masculino, mas alguns integrantes teriam ido reclamar da situação para o professor e juiz, pelo fato dele não ser do sexo biológico masculino.
Ainda conforme o BO, o garoto trans teria participado de todos os jogos, mas no último dia teria sido barrado, situação que causou desconforto em algumas pessoas. "Acharam uma falta de respeito para com a sua opção sexual por optar por ser trans e ser recriminado por isso", descreve a ocorrência.
Alegando constrangimento diante da situação, um amigo do estudante comunicou o caso na Polícia Civil. A Delegacia da Criança e do Adolescente investiga a situação registrada na lei de crimes de preconceito previsto na lei Nº 7.716/89.
A Seduc informou que a Pasta não é conivente com situações como essa e atua na formação de profissionais para trabalharem em questões de combate ao bullying. Uma equipe da Seduc irá até a unidade escolar para tomar as devidas providências.