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GERAL Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023, 10:13 - A | A

Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023, 10h:13 - A | A

EXTRAÇÃO ARTESANAL DE OURO

Mineração de MT é exemplo de responsabilidade socioambiental na COP 28

Redação

Uma comitiva formada por representantes de empresas mato-grossenses, instituições de ensino e certificadoras do setor de mineração participaram de dois painéis na COP-28. Um deles foi sobre blockchain e transparência na gestão de recursos ambientais para combater o aquecimento global e o outro sobre Mineração Responsável como Estratégia para Mitigação das Mudanças Climáticas.

A participação do grupo tem por objetivo evidenciar os resultados positivos que estão acontecendo no Brasil, tanto na área de certificação, quanto na de rastreabilidade do setor. “Queremos mostrar que é possível ter uma mineração de pequena e média escala responsável e, principalmente, que estamos em busca de inovação, certificação, e rastreabilidade do minério de ouro”, destaca Pedro Eugenio Gomes Procópio da Silva, diretor de operações da Fênix DTVM.

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De acordo com Eduardo Gama, CEO da Certmine, outra meta desta comitiva foi apresentar os integrantes brasileiros do Conselho Internacional de Rastreabilidade e Certificação Nacional de Metais Preciosos do Brasil (ICMTC). “Falamos sobre as empresas que fazem parte do consórcio, como funciona o processo de marcação física do ouro e sobre o processo de rastreabilidade em Blockchain”, pontuou Gama.

Ainda segundo Gama, os países europeus e toda União Europeia brigam por minerais críticos e transição energética, mas ninguém quer minerar no próprio quintal. “A Europa minera na Indonésia, na América do Sul e não oferece nenhum tipo de suporte para mineração artesanal”. Ele comenta ainda que um dos pontos de discussão foi a falta de suporte e as cobranças excessivas destinadas à mineração artesanal.

“Nada tem sido feito para mudar este cenário. Fica aí uma nota de atenção para os países desenvolvidos. Caso queiram uma transição energética é necessário que se desenvolva uma cadeia de metais críticos”, destacou Gama. O professor da USP e representante do Nap.Mineração, Giorgio di Tomi, participou do painel sobre Mineração Responsável como Estratégia para Mitigação das Mudanças Climáticas.

Ele conta que o bloco teve a participação de outras instituições, como BTG Pactual e Vale. “A mensagem principal foi que os minerais e materiais críticos têm um papel fundamental na esperada Just Transition deste século. Sem eles não conseguiremos chegar às metas de transição energética e de controle de mudanças climáticas”, reforçou Giorgio.

Na opinião do professor da USP, o setor precisa de uma transformação para que avance nesta Just Transition. “É fundamental que todos os atores entendam e colaborem para ter uma distribuição de benefícios mais equilibrada ao longo de toda a cadeia. E esse equilíbrio vai beneficiar os pequenos produtores permitindo que eles atuem de forma mais responsável conforme as expectativas da sociedade”.


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