O Governo de Mato Grosso irá gastar R$ 11 milhões com o transporte de estudantes da zona rural de 86 municípios que aderiram aos 75 dias de greve. O valor se trata de um adicional, já que o ano letivo termina somente em fevereiro de 2020. A portaria assinada pela secretaria de Educação, Marioneide Angelica Kliemaschewsd, consta no Diário Oficial do Estado (DOE), da última quarta-feira (27).
Apesar da finalização do ano prevista para fevereiro, o calendário de reposição será feito pelas próprias escolas junto aos Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar (CDCE), que passarão a minuta desse calendário às assessorias pedagógicas para validação e homologação da Seduc.
As escolas estaduais que não aderiram a greve terão um calendário diferente, com o início do ano letivo em fevereiro. Já para as escolas que foram grevistas a previsão para início letivo no próximo ano fica marcado para o dia 23 de março. Ao todo, serão 42 dias de reposição de aulas.
Greve dos professores
A greve do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) teve início no dia 27 de maio. O movimento visou garantir o cumprimento da lei complementar 510/2013 e melhoria nas escolas.
"A greve está suspensa, mas não quer dizer que a luta terminou aqui no Estado de Mato Grosso, mesmo porque o ponto principal da Lei 510, não houve um posicionamento efetivo do Governo do Estado. A categoria reafirma que caso o Governo não integralize ou apresente uma proposta até a próxima data base do ano de 2020, nos poderemos ter uma nova greve", destacou o presidente do Sintep, Valdeir Pereir.
A greve chegou ao fim após última proposta do governador Mauro Mendes (DEM) feita no dia cinco de agosto. O documento propõe que assim que o Estado voltar aos limites da LRF, todo o espaço fiscal aberto abaixo de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL) será usado para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e dos aumentos remuneratórios aos servidores.