05 de Outubro de 2024

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ESPORTE Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024, 14:15 - A | A

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MUDANÇA DE POSTURA

Dorival quer Seleção veloz e prevê dificuldades contra o Equador: "Não esperem um jogo tranquilo"

DO GE

Dorival Júnior quer velocidade e mobilidade para que a seleção brasileira vença o Equador nesta sexta-feira. O duelo, válido pela sétima rodada das Eliminatórias, acontece às 22h no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

O técnico não confirmou a escalação para essa partida, mas indicou que pode levar a campo a formação que treinou na última quarta, com Gabriel Magalhães no lugar de Marquinhos na zaga, André na vaga de João Gomes no meio de campo, e um trio de ataque com jogadores do Real Madrid: Rodrygo, Vini Júnior e Endrick:

– Estamos ainda com uma ou duas definições para hoje, basicamente a mesma equipe que trabalhamos ontem, com uma marcação forte e saída em velocidade. Precisaremos ter troca de passes com velocidade e dinâmica, mobilidade dos homens de frente para alcançar a última linha adversária e fazer movimentos em profundidade que tragam desconforto ao adversário – disse Dorival, que previu uma partida difícil.

– Será um jogo complicado, não esperem um jogo tranquilo, o Equador fez uma grande Copa América, jogo parelho contra a Argentina. Podem esperar um jogo de bom nível, espero que façamos jogos melhores em relação ao que fizemos anteriormente.

A escalação treinada foi: Alisson, Danilo, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; André, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Júnior e Endrick.

Ainda invicto no cargo, mas vindo de uma eliminação nas quartas de final da Copa América, Dorival analisou o momento da Seleção e as melhorias necessárias:

 

– É uma situação que incomoda. Temos que ter conhecimento disso, atenção especial ao que faremos daqui para frente – admitiu Dorival.

– Tomamos alguns gols, a grande maioria deles foi em bolas paradas, que fazem parte do espetáculo, mas é um princípio que você tem que trabalhar à exaustão para encontrar um caminho. No início da Copa América havia uma preocupação porque tivemos 3 a 3 com a Espanha, depois 3 a 2 com o México, e aquilo soou como uma situação negativa. Eu acredito no equilíbrio entre os compartimentos. Para isso acontecer, tem que acelerar o processo fazendo que a sua equipe seja organizada e, ao mesmo tempo, tenha capacidade de ser dinâmica do meio para frente. Engraçado que na Copa América tivemos defesa sólida e segura, mas ficamos devendo em criação. Foi um contexto diferenciado, as metragens dos campos dificultaram para todas as equipes, e as que querem criar têm dificuldade – opinou.

– Tivemos também coisas positivas, é natural que buscássemos a melhor posição possível, não alcançamos, ficamos no meio do caminho numa disputa de penalidades, aconteceu com outras equipes e poderia acontecer com a campeã do torneio – prosseguiu o treinador.

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A Seleção tenta se reabilitar nas Eliminatórias da Copa do Mundo após quatro rodadas sem vitórias – empate com a Venezuela e derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina. Com sete pontos em seis jogos, o Brasil ocupa o sexto lugar da competição, o último que garante vaga direta no Mundial de 2026.

Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Dorival:

Lesão de Pedro

– É muito difícil se falar alguma coisa. Nos solidarizamos com o atleta, sua família. Talvez, seja op segundo momento em que o Pedro esteja muito próximo e acontece o mesmo fato. Nossa torcida para que se recupere rapidamente, a seleção está de portas abertas. Tenho carinho especial. Lamentável o que aconteceu. Eu estava bem atrás e deu para perceber na hora que havia acontecido algo grave. Sentimos muito, principalmente por ele, pelo ser humano, pela figura que vinha se comportando, mesmo que conheci alguns anos atrás no Flamengo.

Nove cortes em 2023

– De um modo geral, para uma equipe em formação, tentando encontrar equilíbrio, é natural que algumas alterações, adaptações, peças faltantes acabem nos trazendo um complicador. Lamento muito por esse momento, tinha expectativa positiva com o que poderia nos entregar, mas tem que olhar muito mais o lado humano dele. Mas buscarmos aqui dentro do nosso grupo as soluções que nos darão também a busca por um equilíbrio. Queremos dois ou três resultados para que as coisas possam caminhar de maneira mais tranquila.

Estêvão

– Dificilmente, faço comparativos, onde coloquem dois atletas em qualquer esporte que seja. Não consigo fazer. Cada um tem suas particularidades. Neymar é um jogador totalmente diferenciado. Vejo muitas qualidades no Estêvão. Garoto que deve ser tratado com carinho, com essa postura que vem apresentando, profissional, interessado, procurando correções. Isso vai fazer com que tenha crescimento ainda maior. Possui tudo de forma natural, e espero que possa desenvolver tudo isso para fazer uma carreira brilhante.

Trabalho mental

– Sempre tem que andar paralelo. Quando você trabalha em uma equipe não é apenas o trabalho de campo, ou emocional. Tem que conciliar tudo isso para que as coisas se encaixem, se encontrem. Se só trabalhar emocionalmente e não tiver trabalho de campo, acaba fracassando. Tem que fluir de forma equilibrada para a equipe encontrar um ajuste para ter confiança a todo momento. Ainda que os resultados não tenham sido os melhores na Copa América, conseguimos acelerar muito os nossos processos nesses 20 dias que trabalhamos a equipe. Não esqueçam que está em reformulação, ainda vai oscilar, e temos que trabalhar para que diminuamos esse processo.

Luiz Henrique e Estêvão

– Até outro dia, existia questionamento com relação ao Raphinha. Agora, em função das duas últimas partidas, uma cobrança de ele não estrar na Seleção. Para ver, como as coisas mudam rapidamente. As pessoas talvez não saibam, mas ele está suspenso para essa partida, juntamente com Joelinton e Gabriel Jesus. Mas como mudam. Até outro dia, cobrança em relação ao Endrick como titular e depois da última partida alguns questionamentos. A gente pede paciência com esse garotos. Não estão aqui por acaso. Luiz por estar com um número de jogos maior, mas esse Estêvão tem potencial altíssimo e se espera muito dele. Precisa ter tranquilidade. Momento de transformação que saem de situação de clube para a Seleção com responsabilidade grande pelo momento que passamos, pelos resultados que não chegaram e pela classificação desse instante.

Trabalho na Seleção

– Eu passei 22 anos na minha vida montamos equipe e transformando a vida de profissionais que estiveram comigo. Falo no sentido das pessoas terem prazer naquilo que fazem e se preparam para fazer. Temos um caminho, as coisas não acontecem do dia para a noite, no futebol não se queimam etapas. É preciso respeitar processos. Vivo disso, preciso do resultado para o meu trabalho se manter. Sei que tudo tem seu momento, tudo vai acontecer na hora certa. Estamos trabalhando sério para que possa ser realidade. A expectativa do treinamento da Copa América nos passou uma impressão muito positiva do que poderia entregar. Não conseguimos transformar nos jogos o que havia sido mostrado nos treinamento. É um processo. Acontece. Tentamos aproveitar o máximo possível. Um detalhe aqui ou ali, não pela saída de um nome ou outro, mas que possamos fortalecer os processos.

– Os processos se completam a parti do momento que tem tempo, repetição e principalmente se busque correções para alcance de resultados. Sempre acreditei muito nisso. Nunca saí de um ponto zero para 10 em uma tacada única. Sempre tivemos percalços, dificuldades, mas encontramos soluções, com times que ganharam títulos e grandes equipes que saíram de zona de rebaixamento. Me preparei para estar aqui e fazer o melhor pelo meu país.

Confronto com Beccacece

– Fala para o Beccacece que o mesmo problema acontece aqui, pois estamos com uma partida à frente da Seleção na fase de classificação para Copa do Mundo. Basicamente, são situações muito próximas. Nós também temos poucos meses. Natural que eu já tenha enfrentado o Beccacece e visto suas equipes em campo. O que buscamos é muito mais o conteúdo de tudo que desenvolveu dentro de suas equipes, observando também os jogos da Copa América para ter noção de característica e do que ele pode fazer, seja usar três homens na linha de trás ou três atacantes. Tentamos desenhar algumas coisas dentro do nosso grupo de trabalho para tentar neutralizar uma ou outra situação que se apresente, mas só iremos conhecer na realidade no dia de amanhã.

Mudança de postura

– Nós tínhamos uma deficiência e, de repente, mudando alguns posicionamentos, nos tornamos uma equipe mais consistente defensivamente, não que tenhamos perdido ofensivamente. Isso para mim foi comprovado pela chegada do Ederson, que nos falou que o City havia feito pré-temporada nos EUA e usaram os mesmos campos da Copa América e saíram reclamando das mesmas coisas, como o campo menor, que ficava melhor para quem defendia. Não tivemos grandes jogos na Copa América, apenas dois resultados de 4 e de 5 e um 4 a 1 nosso no Paraguai, que não foi a realidade da competição. As defesas prevaleceram sobre os ataques de um modo geral, inclusive sobre as finalistas, que tiveram muitas dificuldades. Não é justificativa.

– Não perdemos nossas característica nem mudamos nossa forma de atuar. Nós jogamos como havia sido programado, como contra a Inglaterra e a Espanha, assim foi com México e EUA e nas quatro partidas da Copa América. Tivemos dificuldade para atacar como as outras equipes. pois os movimentos de cobertura estavam muito próximos. Não corremos riscos, o que tivemos foi no sentido de criação, o que todas tiveram. Foi muito em razão disso. Natural que gere dúvidas e desconfiança. O que procuramos fazer é tentar melhorar o que está sendo apresentado.


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