A CBF e o Observatório da Discriminação Racial lançaram, nesta quinta-feira, o relatório anual sobre o tema referente a 2023. O levantamento aponta que o número de incidentes racistas no futebol brasileiro subiu 38,77% na comparação com o ano anterior. Também foram contabilizados dados sobre manifestações de machismo, homofobia e xenofobia no esporte.
No último ano, foram registrados 136 casos de injúria racial no futebol brasileiro — em 2022, foram 98. A maior parte dos incidentes ocorreu nos estádios — 104 no total. Depois aparecem os casos na internet (19) e em outros espaços (13).
A CBF e o Observatório da Discriminação Racial lançaram, nesta quinta-feira, o relatório anual sobre o tema referente a 2023. O levantamento aponta que o número de incidentes racistas no futebol brasileiro subiu 38,77% na comparação com o ano anterior. Também foram contabilizados dados sobre manifestações de machismo, homofobia e xenofobia no esporte.
No último ano, foram registrados 136 casos de injúria racial no futebol brasileiro — em 2022, foram 98. A maior parte dos incidentes ocorreu nos estádios — 104 no total. Depois aparecem os casos na internet (19) e em outros espaços (13).
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, anunciou que a parceria da entidade com o Observatório da Discriminação Racial será renovada por mais quatro anos. Durante a apresentação, ele disse acreditar que o aumento de casos também está relacionado ao entendimento da população sobre o assunto, que faz crescer o número de denúncias.
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— Essa parceria positiva coloca a CBF no lado certo da história. Esses casos (de racismo) me entristecem, mas vejo muitos avanços. Procuro ser sempre otimista. Se temos mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais aberta para entender o que é racismo. Às vezes, as pessoas não entendiam o que expressavam numa piada de mau gosto — afirmou o presidente.
A declaração de Ednaldo foi corroborada por Marcelo Carvalho, diretor do Observatório de Discriminação Racial.
— Esse números são positivos porque mostram jogadores e torcidas mais atentas a casos de racismo. Antes a gente silenciava, hoje a gente tem voz. Isso é importante demais para que a gente construa. Esses dados são importantes para que clubes e federações ajudem (nesta causa) — afirmou.
As informações foram apresentadas diante da plateia formada por dirigentes e funcionários da CBF, Conmebol, federações estaduais e dos clubes, além de personalidades negras. O relatório completo está disponível no site do Observatório de Discriminação Racial no Futebol.
Confira os números do relatório:
Discriminação e racismo no futebol (Brasil e exterior)
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Racismo: 136 no Brasil + 26 no exterior
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Xenofobia: 13 no Brasil + 1 no exterior
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Machismo: 8 no Brasil
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LGBTfobia: 38 no Brasil
Ocorrências no futebol (Brasil)
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Estádio: 104 de racismo, 31 de LGBTfobia, 3 de machismo, 9 de xenofobia (147 no total)
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Internet: 19 de racismo, 4 de LGBTfobia, 3 de machismo (26 no total)
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Outros espaços: 13 de racismo, 3 de LGBTfobia, 2 de machismo, 4 de xenofobia (22 no total)
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Total: 136 de racismo, 38 de LGBTfobia, 8 de machismo, 13 de xenofobia (195 no total)