05 de Maio de 2024

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ENTREVISTA DA SEMANA Terça-feira, 09 de Abril de 2024, 08:24 - A | A

Terça-feira, 09 de Abril de 2024, 08h:24 - A | A

MONIZZE ZANGEROLI

“Enxerguei na política algo complementar ao que faço”

Redação

Os moradores de diversas localidades do país sofrem com o calor acima do normal, mesmo para o verão. Em Cuiabá, por exemplo, os medidores do Centro de Operações da prefeitura chegaram a registrar sensação térmica superior a 50° em alguns pontos do município. Fazer passeios ao ar livre, portanto, tornou-se programa quase obrigatório. Mas antes de aproveitar as atividades, alguns cuidados são necessários, principalmente com as crianças. A pediatra Monnize da Costa Dias Zangeroli fala sobre o tema. Além de orientações com os cuidados nesse calor, Monnize ainda contou sobre o seu futuro na política. Monnize Costa, médica pediatra, radicou-se em Diamantino (183 Km de Cuiabá) há quatro anos. Casada com o produtor rural Romulo Zangeroli, dona de um currículo profissional invejável, recebeu e aceitou o convite do presidente do União Brasil Chico Mendes, irmão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Diamantino.

Com um bebê de alguns meses em casa, que dorme pouco e chora muito, os pais ficam exaustos. Depois de alimentar, verificar se a fralda está limpa e fazer de tudo para ninar a criança, acabam recorrendo à busca por respostas na internet.

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Centro Oeste Popular — Cuiabá é uma cidade muito quente, quais são os problemas de saúde mais comuns nessa época do ano, o verão?
Monnize Zangeroli — Essas doenças do calor são problemas que frequentemente atingem as pessoas quando as temperaturas estão mais altas. A boa notícia é que muitas delas podem ser facilmente prevenidas, desde que tenhamos as informações necessárias. Dentre os adoecimentos mais comuns da temporada estão a desidratação, insolação, dengue, intoxicação alimentar, hepatite A, e as doenças de pele, conjuntivite e problemas respiratórios.

Centro Oeste Popular — Há recomendações sobre a quantidade de banhos e troca de fraldas?
Monnize Zangeroli — O ideal é trocar de fralda do bebê sempre que necessário, várias vezes ao dia, se for preciso, principalmente antes e depois que você amamentá-lo. Não trocar a fralda frequentemente pode ocasionar irritações na pele do bebê, como assaduras. O bebê pode sim tomar banho todos os dias, mas segundo a SBP, os banhos também podem ser espaçados, com intervalos de 3 a 4 dias entre eles. Porém, mesmo sem o banho é preciso manter a higiene, principalmente das dobrinhas e da área de fraldas. E quanto a quantidade de banhos por dia, não existe um limite.

Centro Oeste Popular — Existem muitas mães lactantes, nesse caso, elas devem mudar a dieta no período?
Monnize Zangeroli — A alimentação da mãe durante a amamentação deve conter essencialmente alimentos in natura ou minimamente processados. No período de aleitamento materno, a mulher deve dar preferência a comidas feitas em casa e pratos que incluam alimentos naturais como frutas, legumes, verduras, arroz, feijão, carnes e ovos. Não é preciso fazer uma dieta especial quando se amamenta, mas a alimentação deve ter equilíbrio nutricional. O que não deve ser consumido: aspartame, cafeína, industrializados, bebidas alcoolicas.

Centro Oeste Popular — Muitos têm dúvida quanto ao ar-condicionado. Existe alguma restrição ao uso?
Monnize Zangeroli — O ar condicionado não está proibido. Um dos principais problemas causados pelo uso do ar condicionado é retirar do ar a umidade natural, sendo assim, o nariz não consegue filtrar devidamente o ar e nem umidificá-lo para que chegue a condições melhores até o pulmão. É importante que os pais entendam que o grau de resfriamento do ar ao qual estavam acostumados antes da chegada da criança não pode ser o mesmo para um bebê ainda tão frágil. Junto ao uso do ar condicionado podemos utilizar de um umidificador, bacia com água ou uma toalha molhada no local. A temperatura ideal3 para não prejudicar a criança deve estar entre 23°C e 27°C. O recém-nascido pode dormir no ar condicionado desde que estes cuidados sejam respeitados, mas o ideal é que o ar seja resfriado previamente na temperatura de até 25°C e ao levar a criança para o quarto, o aparelho pode ser desligado. É essencial que o aparelho tenha uma boa qualidade, que seja frequentemente higienizado e hoje no mercado existem até opções que prometem filtrar até 80% das bactérias e fungos, o que pode melhorar as condições do ar e prevenir as crianças de processos alérgicos.

Centro Oeste Popular — O que os pais podem fazer para proteger os filhos diante desse calor?
Monnize Zangeroli — Hidratação! Aumentar a ingesta de líquidos, alimentação rica em nutrientes (não usar produtos industrializados, principalmente). Manter a caderneta vacinal atualizada (incluindo as doses de reforço e vacinas de campanha), suplementação adequada para cada idade, manter consulta de rotina com o pediatra.

Centro Oeste Popular — A partir de que momento as crianças estão liberadas para “sair de casa”?
Monnize Zangeroli — Costumo orientar que após os 3 meses de vida (quando já tomaram as vacinas mais importantes para a idade) pelo menos e ainda assim com restrição.

Centro Oeste Popular — Existe alguma indicação quanto ao uso do repelente?
Monnize Zangeroli — Existem produtos que podem ser utilizados nas roupas como a permetrina 0,5% em spray (para ser aplicada APENAS nas roupas e telas de janelas e NÃO diretamente sobre a pele). Os repelentes elétricos (com liberação de inseticidas) são úteis e diminuem a entrada dos mosquitos quando colocados próximos das janelas e portas. Deve-se tomar cuidado com os repelentes líquidos que podem ser retirados da tomada pela criança e acidentalmente ingeridos. Os repelentes tópicos podem ser usados para passeios em locais com maior número de insetos como praias, fazendas e chácaras, não devendo ser utilizado durante o sono ou por períodos prolongados. Eles atuam formando uma camada de vapor com odor que afasta os insetos. Sua eficácia pode ser alterada pela concentração da substância ativa, por substâncias exaladas pela própria pele, fragrâncias florais, umidade, gênero (menor eficácia em mulheres), de modo que um repelente não protege de maneira igual a todas as pessoas. Abaixo de 6 meses - não há estudos nessa faixa etária sobre segurança dos repelentes e extrapola-se o uso dos recomendados para bebês acima de 6 meses em caso de exposição inevitável e com orientação médica. Acima dos 6 meses - IR3535 - protege por cerca de 4 horas. E usado na Europa há vários anos e, em concentrações de 20% é eficaz, mas os estudos diferem quanto ao período de ação contra o Aedes aegypti que parece ser muito curto. Acima de 2 anos - os que contém DEET são os mais utilizados. Quanto maior a concentração da substância, mais longa é a duração do seu efeito, com um platô entre 30 e 50%. Uma formulação com cerca de 5% de DEET confere proteção por aproximadamente 90 minutos, com 7% de DEET a proteção dura quase 2 hora e com 20% de DEET a proteção é de 5 horas. A concentração máxima para uso em crianças varia de país para país: nos EUA a Academia Americana de Pediatria recomenda concentrações de até 30% para crianças acima de 2 anos. A Sociedade Canadense de Pediatria preconiza repelentes com até 10% de DEET para crianças de 6 meses a 12 anos e autores franceses, concentrações de até 30% para crianças entre 30 meses e 12 anos. Há consenso quanto a se evitar a aplicação em crianças menores de 6 meses. A maioria dos repelentes disponíveis no Brasil possui menos de 10% de DEET. A restrição da concentração de DEET a 15% ou menor baseada na toxicidade em animais pode resultar em doses insuficientes para a prevenção de doenças potencialmente graves como a Dengue, Zika. Assim, o risco da toxicidade deve ser devidamente pesado em relação ao risco da doença. A associação de baixas concentrações de DEET com outros inseticidas estão em estudo e parece ser promissora para evitar a resistência aos repelentes atualmente disponíveis.
Icaridina — em concentrações de 10% confere proteção por 3 a 5 horas e a 20%, de 8 a 10 horas. Deriva da pimenta e permite aplicações mais espaçadas que o DEET, com eficácia comparável.
Parece ser mais potente contra o Aedes Aegypti do que o DEET e o IR3535 e está liberado para uso acima de 2 anos.

Centro Oeste Popular — Com um histórico familiar na política, pretende também seguir na política e representar as mulheres e crianças?
Monnize Zangeroli — A medicina é minha prioridade, cuidar das nossas crianças são apostar num futuro melhor. Diante disso enxerguei na política algo complementar ao que faço e sou pré-candidata a vereadora no município de Diamantino MT, minhas propostas têm como centro de tudo a saúde infantil e também tudo aquilo que possa melhorar a vida do cidadão diamantinense como: Construção de um novo hospital municipal, referência regional, reforma do aeroporto municipal para pousos e decolagens noturnas, sede do corpo de bombeiros no município, nova ligação entre o novo e o Velho Diamantino, criação do banco de fomento de diamantino é uma empresa pública de participação e desenvolvimento, são algumas das bandeiras que carrego comigo e esperamos lutar muito por estas conquistas.


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