05 de Maio de 2024

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ENTREVISTA DA SEMANA Segunda-feira, 18 de Março de 2024, 05:58 - A | A

Segunda-feira, 18 de Março de 2024, 05h:58 - A | A

JANAÍNA RIVA

“Ano que vem queremos reestruturar o partido e virar essa página que mancha a nossa história”

Redação

A deputada estadual e secretária-geral do MDB, Janaína Riva, contou os planos que tem em reorganização do partido em Cuiabá pós-eleição municipal, sem a participação do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Após passar pela "página amarga" da gestão Emanuel, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) terá que se reestruturar, também revelou que o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, deseja lançar a candidatura do partido em Cuiabá.

Apesar de Janaina afirmar que a reestruturação do MDB terá início após as eleições, o MDB aproveitou a abertura da janela partidária para filiar alguns integrantes em outros partidos alinhados ao Movimento Democrático Brasileiro.

Assim como outros deputados integrantes do MDB estadual, Janaina já afirmou em outras oportunidades que não irá apoiar o candidato do próprio partido à Prefeitura de Cuiabá, mesmo com o presidente nacional Baleia Rossi afirmando que o partido preciso de um candidato na disputa.

Durante a entrevista a imprensa, a parlamentar também comentou sobre o que ocorre no Brasil 21, e afirmou que não apoia a invasão e que isso precisa ser resolvido, mas, não respaldo os invasores.

Centro Oeste Popular — Em relação ao partido MDB, já que citamos aqui a capital, Baleia Rossi teria tido um encontro com Emanuelzinho e querem que de fato o MDB tenha que vá para majoritária, pode, vim da nacional essa diretriz?

Deputada Janaína Riva — Para ter um candidato aqui, eles vão tentar uma candidatura própria porque, ninguém, quer o apoio deles, então a situação deles é essa agora. Já dissemos isso, o diretório estadual não vai mais intervir na municipal, não tem porque fazer isso, estamos já acompanhando a pré-candidatura do Botelho, onde já tem mais de 10 partidos na base de apoio, então o MDB aqui, vai ficar com a diretoria municipal, e nós não vamos mais intervir, é lógico que gostaríamos que acompanhasse o projeto do diretório estadual, mas, é uma escolha pessoal do partido, e hoje, não tem espaço, ao menos aqui onde está o diretório estadual do MDB na candidatura do Eduardo Botelho, para qualquer vínculo com Emanuel Pinheiro.


 Centro Oeste Popular — O MDB já começa a perder bastantes membros com esse todo embrulhamento, por exemplo, Varanda saiu do partido, a senhora teme que mais membros possam deixar a fazer parte desse time?

 

Deputada Janaína Riva — Não temo não! Estou ajudando, estamos tirando todos os nossos candidatos que sejam comprometidos com Cuiabá do MDB, e colocando eles em partidos que tem um compromisso com o avanço da nossa capital. Então esses partidos, hoje, que estão já alinhados com a candidatura do Botelho e em alguns casos, que preferem outros partidos, mas, eles vão todos sair do partido e vamos trabalhar para fazer uma bancada de vereadores que seja realmente comprometido com Cuiabá, e não comprometido com prefeito, como se vê em alguns casos, algumas defesas caninas que demonstram que tem muito interesse pessoal envolvido.

 

Centro Oeste Popular — Esse ano é o último ano do prefeito Emanuel Pinheiro, ano que vem vocês pretendem reestruturar o partido, dar uma nova roupagem para ele?

 

Deputada Janaína Riva — Com toda certeza, depois das eleições, iremos ver quem estava do lado certo e com o diretório estadual do MDB, vamos buscar exercer todo o nosso direito e recuperar o MDB em Cuiabá. Outro cenário sem o prefeito de Cuiabá, Emanuel, isso é uma convicção, não sei se ele aguenta até o final do ano, mas, vamos trabalhar depois para reestruturar o partido e para virar essa página amarga e que mancha a história do MDB em Cuiabá.

 

Centro Oeste Popular — Falando de um assunto que vem ganhando espaço nas mídias, direito de propriedade contra o que ocorre no Brasil 21, residenciais Lula 1 e Lula 2, o que a senhora pensa sobre isso?

 

Deputada Janaína Riva — Direito a propriedade com certeza, nós não podemos viver em uma sociedade que se respalde em qualquer tipo de invasão, isso traz uma insegurança, não só econômica social e os impactos que isso traz, o que precisamos é reforçar aqui os programas habitacionais, tentar melhorar a qualidade dos programas, ampliar, a Assembleia tem o orçamento da casa para isso, agora respaldar qualquer tipo de invasão, “pera aí vou respaldar no Brasil 21, então quer dizer que na minha casa pode entrar alguém também”, temos que pensar dessa forma, se não quero que invada aquilo que é meu, não posso também aceitar que invadam aquilo que é do outro. Não sei de quem é não tenho a mínima ideia de quem que é o Brasil 21, mas, sei que tem um dono pela decisão judicial. Havendo um dono, então cabe o que Assembleia? Cabe fazer uma interlocução junto ao governo e tentar abrigar essas pessoas em uma condição melhor, com algo mais humano, agora, aqueles que precisam de fato, vimos vários vídeos de casas, que são casas que não representam pessoas que não tem onde morar, que não tem moradia que sejam sem terras, casas de investimento de mais de 500 mil, 600 mil, então algo não está batendo, não estou dizendo que, lá não tem pessoas que precisam, mas, as que precisam de verdade, precisam se habilitar nos programas habitacionais, e os deputados que querem ajudá-los tem que trabalhar para nós poder melhorar o orçamento e o estado ajudar mais nesse sentido. 

 

Centro Oeste Popular — No meio do Brasil 21, foi encontrado até uma casa luxuosa com projeto, arquitetura, como à senhora vê isso?


Deputada Janaína Riva — Por isso existe o critério de inscrição nos programas habitacionais, são critérios rígidos, de pessoas que de fato não precisam, agora, a gente sabe como isso funciona, chega uma invasão lá, daqui a pouco essas pessoas que invadiram, conseguem permanecer, vão comercializar e daqui a pouco vamos encontrar pessoas com hectares lá dentro, então invasão não pode aceitar, não só lá, como em lugar nenhum podemos dar respaldo, o que podemos fazer é tentar contemplar essas pessoas das formas legais, mas jamais apoiar a invasão


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