22 de Junho de 2025

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CIDADES Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 08:59 - A | A

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MOSTRA DE CINEMA NEGRO

Em sua 7ª edição, evento audiovisual realça sua importância na visibilidade de histórias negras e na luta antirracista

Com debates e exibição de produções regionais, a programação obteve alto alcance do público cuiabano

Maria Vitória Ribeiro da Redação

No início deste mês de julho, aconteceu em Cuiabá a 7ª edição da Mostra de Cinema Negro. O espetáculo que contava com entrada gratuita teve como palco o Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso e foi realizado sob o tema “Territórios e Territorialidades: disputa de narrativas”.

Em seus três dias de exibição, o evento contou com - além de curtas, longa metragens e videoclipes -, debates e rodas de conversa com os produtores audiovisuais envolvidos nas elaborações das obras e engajados nas vivências acerca do tema dessa edição.

Ao todo, foram apresentadas 16 produções qualificadas a participar da mostra competitiva, sendo a disputa designada às 6 categorias: Melhor Filme de Ficção; Melhor Filme Experimental; Melhor Documentário, Melhor Videoclipe e Melhor Filme segundo Júri Popular.

Maria Vitória Rondon, estudante de jornalismo, Miss Cuiabá e social media da Secretária de Comunicação de Mato Grosso, fez parte do elenco de “Aqui Jaz Melodia”, um dos filmes colocados em exibição na Mostra, e falou sobre a experiência vivenciada no evento.

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O curta conta uma história repleta de ancestralidade. Abordando o candomblé, religião de matriz africana,retrata a trajetória de um pai buscando acalento por meio da espiritualidade
após o falecimento de sua filha - a Melodia, que foi interpretada por MariaVitória.“Foi uma experiência muito marcante para mim. Toda essa questão com a religião que o curta-metragem traz é muito importante. Eu frequento a umbanda e ter essa ligação com a personagem foi incrível e enriquecedora.”,relatou a estudante.

“Oeventoe todooprojetoforam lindos.Poder estarlá e me sentir pertencente de uma cultura tão rica,poder assistiroutrasproduções incríveis epresenciar o trabalho de pessoas que tiveram vivências tão bonitas e parecidas com a nossa é muito bom”, afirmouMariaVitória a respeitode sua experiência comoatriz e telespectadora.

Em uma mostra com tamanha influência de empoderamento racial, a Miss comenta sobre a importância da existência de eventos como esse. “Principalmente no nosso estado e aqui na capital, essa cultura acaba sendo muito apagada. Senão houver eventos como esse, não tem como manter a cultura afro viva. Então acho de extrema importância e espero que cada vez mais pessoas conheçam mais de eventos como essee compreendam mais dessas pautas”,explicou.

Apesar de estar apenas em sua sétima edição e acontecendo somente uma vez por ano, o público alcançado pelo evento ultrapassou o nicho do audiovisual, ganhando a receptividade das pessoas e da sociedade como um todo.

“Havia bastantes pessoas lá, não só da área do cinema e do audiovisual. Até mesmo minha família, que não estão nem um pouco inseridos na área, receberam o evento de forma incrível, gostaram muito da experiência, dos curtas e de tudo que foi falado. Então, acho que é sobre isso: conquistar um espaço que é de nosso direito e ganhar ainda mais divulgação em toda a nossa cidade e estado”, finalizou Maria Vitória.


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