05 de Dezembro de 2024

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CIDADES Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019, 10:46 - A | A

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019, 10h:46 - A | A

CONCESSIONÁRIA

Concessionária deve assumir aeroporto de Cuiabá no fim de dezembro

A Centro-Oeste Airport (COA), nova concessionária do Aeroporto Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), deverá assumir o controle do terminal no dia 30 de dezembro deste ano. Com isto, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deixará de ser a responsável pelo local, que ficará sob responsabilidade da empresa pelos próximos 30 anos.

 



 
Em nota, a Centro-Oeste Airports (COA) informou que a previsão é que a concessionária assuma a gestão no dia 30 de dezembro. Além disto, acrescenta que a prioridade é sempre aperfeiçoar as experiências dos passageiros.
 
Funcionários já foram contratados e estão recebendo treinamento para atuar no aeroporto de Cuiabá. Os concursados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tiveram a oportunidade de escolher se querem ser remanejados para outros órgãos ou migrarem para a empresa privada. Outros colaboradores ainda deverão ser recrutados pela Centro-Oeste Airport.
 
Dentre as melhorias que os operadores terão que implementar nos terminais a curto prazo estão, por exemplo, a melhoria da climatização, acesso à internet gratuita (wi-fi) nos terminais, adequação de banheiros e atualização de sinalização aeroportuária.
 
Durante os cinco primeiros anos de concessão, serão investidos R$ 386,7 milhões nos quatro aeroportos do Bloco Centro-Oeste. O investimento previsto ao longo das três décadas é de R$ 770 milhões. Com a concessão de 30 anos, é esperado que o número de passageiros ao ano triplique até 2049.
 
Os quatro aeroportos do Estado movimentam juntos cerca de 3,2 milhões de passageiros por ano, sendo que o maior fluxo é do Marechal Rondon, que em 2018 encerrou com movimentação de 3 milhões de embarques e desembarques. O aeroporto de Sinop recebe em média 150 mil passageiros ao ano, o de Alta Floresta 110 mil e de Rondonópolis 90 mil.
 
A empresa Socicam é a “cabeça” do consórcio, com 85% da participação na parceria. A Sinart ficou com outros 15%. Atualmente, a Socicam administra 10 aeroportos no país, sendo dois em Goiás, três em Minas Gerais, três na Bahia e mais dois no Ceará.

Nova pista
 
Outra novidade, que deve aparecer nos próximos anos, é a construção de uma nova pista no terminal de Cuiabá.
 
Conforme o projetado, a nova pista de pouso e decolagem será feita paralela à atual e terá 2.300m de comprimento por 45m de largura. Além disto, serão implantadas áreas de segurança (chamadas de RESA), nas duas cabeceiras. Com isto, a pista atual se transformará em uma taxiway.

Uma taxiway é utilizada para deslocamento em solo e/ou manobra de aeronaves, tendo como principal função oferecer ligações entre posições de estacionamento e pistas de pouso e decolagem. É fácil perceber uma: elas são sinalizadas, com linhas amarelas - traço único e contínuo demarca a linha central da trajetória, enquanto traços duplos paralelos definem as bordas da pista de taxi. À noite ou durante os dias de baixa visibilidade, é possível identificá-las ainda mais facilmente, pois suas bordas são balizadas com luzes azuis, distinguindo-as das luzes de uma pista de pouso e decolagem que são brancas, amarelas e vermelhas.



Hub da América do Sul

O diretor presidente da Centro-Oeste Airport [concessionária que irá assumir a administração do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá], Marco Antonio Migliorini, afirmou que o desejo da empresa é transformar o terminal mato-grossense em um hub [designação dada ao aeroporto utilizado por uma companhia aérea como ponto de conexão para transferir seus passageiros/carga para o destino pretendido] da América do Sul.

“Entendemos que o Aeroporto Marechal Rondon será um hub da América Latina, pela sua potencialidade e posição estratégica dentro do continente. Acreditamos muito no Estado, que está em pleno desenvolvimento. Estudamos muito e sabemos do potencial deste terminal e também dos regionais”, frisou o presidente em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Marco Migliorini ainda revela que conversas são feitas periodicamente com empresas de outros países, com a intenção de que, possivelmente, empresas estrangeiras possam começar a operar viagens para Cuiabá. “O Brasil está sob os olhos do mundo. Temos parceiros em diversos locais, nossa empresa tem negócios na América do Sul. Estamos abertos para qualquer entendimento. Sabemos do potencial”.

 


Sobre a internacionalização do aeroporto, a empresa afirma que junto aos órgãos públicos competentes, não medirá esforços para a internacionalização do aeroporto e que já está trabalhando ativamente para contribuir com o tema.


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