O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) levantou polêmica ao questionar a atenção dada aos casos de feminicídio em Mato Grosso, comparando a repercussão desses crimes com a de homicídios de homens. Em declaração feita, nos corredores da Assembleia Legislativa, o parlamentar afirmou que assassinatos contra homens não recebem a mesma cobertura ou comoção pública, mencionando episódios recentes em que mulheres mataram homens, como em Rondonópolis.
A fala ocorre em meio à crescente preocupação com os dados oficiais: entre janeiro e maio de 2025, Mato Grosso registrou 18 casos de feminicídio, aumento de 28,57% em relação ao mesmo período de 2024. Entre as vítimas do ano passado está a filha do próprio deputado, Raquel Cattani, brutalmente assassinada com 34 facadas em julho de 2024, durante o processo de separação do ex-marido, acusado de ser o mandante do crime.
Para Cattani, as raízes desses crimes estariam ligadas à desestruturação familiar, defendendo que relacionamentos sólidos poderiam prevenir tragédias. Apesar de reconhecer que todos têm o direito de encerrar um relacionamento, ele destacou a importância de que isso ocorra de forma pacífica, como forma de evitar episódios violentos.