A Argentina está de olho na evolução do mercado de suínos, balizado pela grande consumidora China, que teve perdas em seus plantéis com a Peste Suína Africana (PSA).
Depois de o próprio país asiático anunciar que vai construir três complexos de suínos em regiões estratégicas da Província de Chaco, com foco para exportação, cada complexo com cinco fazendas de 2.400 matrizes cada, outras regiões também vão investir na atividade.
A última a anunciar foi Corrientes, região sem tradição na suinocultura. Mesmo distante das áreas de produção agrícola e de insumos para alimentação dos animais, a aposta vem pelo bom momento e demanda da proteína.
Um dos exemplos é o produtor Ernesto Barbero, dono de uma granja com 250 matrizes e de um supermercado onde vende a carne. Ele conta que tudo o que é produzido é vendido facilmente. Ele busca os insumos de outros locais e armazena em silos. “O sistema tem custos muito altos, tem que fazer, mas tem custos altos”, aponta.
A ideia dele é continuar na atividade e se seguir de forma lucrativa expandir para 320 matrizes. “A carne bovina foi substituída um pouco por porco e frango; mas sem dúvida a carne de porco está se posicionando muito bem ”, comentou Barbero.
Na Argentina as exportações de carne suína subiram quase 70 de janeiro a outubro, com 36.461 toneladas. A projeção é de que o país exporte até o fim de 2020 em torno de 42 mil toneladas da proteína.