O Supremo Tribunal Federal (STF) expediu ordem para soltar o deputado federal Loester Trutis (PSL-MS), da base de apoio ao governo, investigado por forjar um falso atentado contra si, em fevereiro deste ano. Loester, inicialmente, foi alvo de uma ação de busca e apreensão na quinta-feira (12), mas como a Polícia Federal constatou porte irregular de arma, ele foi preso. A ordem de soltura foi dada pela suprema corte na noite desta quinta-feira (12).
Na decisão, a ministra Rosa Weber optou por relaxar sua pena, restabelecendo, sem qualquer limitação, sua liberdade plena. A ministra apontou que as circunstâncias apresentadas não poderiam afastar a imunidade parlamentar do deputado, prevista na Constituição Federal.
O deputado havia sido preso horas antes na operação Tracker, conduzida pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira. Preso com uma arma que não estaria regularizada, Loester foi acusado de forjar um atentado contra si mesmo no início do ano, com o objetivo de se capitalizar politicamente. O carro onde o parlamentar estava foi alvo de tiros, mas ninguém se feriu.
Loester Trutis – que se elegeu como "Tio Trutis", um chef de um restaurante em Campo Grande alçado à política federal – faz parte da bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados. Hoje, o deputado integra a Frente Parlamentar Mista da Segurança Pública, a bancada da bala, na Câmara. Seu índice de governismo é de 83%, acima da média de 72% da Casa.