O desembargador Mário Kono, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), disse que não vê com maus olhos membros que deixam o Poder Judiciário para entrar para a política, como foram os exemplos da ex-juíza Selma Arruda (Podemos), agora senadora cassada, e do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Kono disse que quem tem que ver isso com maus olhos são os políticos corruptos.
Selma e Moro possuem um histórico de combate à corrupção. A ex-juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá foi a responsável por condenar o ex-governador Silval Barbosa por concussão, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Já o ministro Sérgio Moro, que era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, foi o responsável por condenar o ex-presidente Lula por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Ambos acabaram deixando o Poder Judiciário e entrando para o mundo da política, Moro através de um cargo no Poder Executivo, como ministro do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e Selma ao se candidatar, e vencer, nas eleições para o Senado em 2018.
A ex-juíza, porém, acabou perdendo seu mandato ao ser condenada pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos. Ao ser condenada, Selma afirmou que sua cassação foi uma mensagem ao ministro Sérgio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol, para que eles não entrem para a política. O desembargador Mário Kono, no entanto, discorda.
“As decisões, pelo que nós sabemos, são baseadas em provas materiais e não em pontos subjetivos, mas é normal de quem, quando perde uma ação, não aceitar aquele resultado quando lhe é negativo”, disse.
O membro do TJMT também afirmou que não vê como ruim a saída de membros do Poder Judiciário para a política. Para Kono, quem tem que ver com maus olhos são os políticos corruptos.
“Não vejo com maus olhos membros do poder judiciário entrando para a política, acho que quem tem que ver com maus olhos seriam os políticos corruptos. Mas com qualquer candidato, inclusive aquele que foi magistrado, o eleitor sempre deve ter uma análise crítica e ver a vida pregressa daquele cidadão”.
O desembargador, inclusive, elogiou a atuação do ministro Moro no Executivo, com a “proposta anticrime”, que apesar de ver falhas, a considerou um avanço.
“Não está do jeito que deveria, mas é um avanço, seria ingenuidade acreditar que tudo o que foi proposto passaria na primeira fase. Eu vejo com tranquilidade e vejo com muita razão o ministro Moro, que defende esta tese, muita coisa foi aprovada, é um avanço, e com relação às outras coisas deve-se continuar trabalhando”, disse o magistrado.
joão ninguém 02/01/2020
O problema é o caráter, a dona ganância, o senhor usurpadores.... dos que exerce o poder. Essa selma só votou, fez e apoiou leis contra o povo e nação, concentradora de renda. Japão, Alemanha e outros no pós guerra deu educação, infraestrutura, modernizou parque industrial.....hoje o povo é rico, país forte e respeitado no planeta...Brasil tem aves que aqui gorjeia....riquezas minerais, terras, águas....povo trabalhador...só não temos homens honrados com visão de futuro nos poderes. Bens comum devia ser meta de todos inteligente, sábio...parece que esse tais não existem......judiciário brasileiro ajuda a criar monstros para nos devorar...ajuda também.
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