15 de Setembro de 2024

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POLÍTICA Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 13:31 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 13h:31 - A | A

PROJETO DE LEI

Projeto proíbe aplicativos de celular de coletar dados do usuário por meio de microfone ou câmera

Quem descumprir a proibição estará sujeito a multa e prisão; a Câmara dos Deputados analisa a proposta

Redação

O Projeto de Lei 2867/23 proíbe aplicativos de celular de coletar dados por meio de microfone ou câmera após o encerramento de chamadas ou quando o aparelho não estiver em uso. 

“É uma situação frequente encontrarmo-nos em uma conversa próxima a um dispositivo conectado à internet e, logo em seguida, ao acessarmos esse aparelho, sermos surpreendidos com anúncios ou direcionamentos específicos relacionados ao tema da conversa”, afirma o deputado Fábio Teruel (MDB-SP), autor da proposta. "Essas ‘coincidências’ geram suspeitas e receio na população."

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Consentimento expresso

Hoje o Marco Civil da Internet já exige o consentimento expresso do usuário para coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, o que deve ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais. 

Pelo projeto em análise na Câmara dos Deputados, o consentimento deverá se restringir ao período de uso normal do aplicativo, sendo vedada a coleta de dados após o encerramento de chamadas ou quando o dispositivo não estiver em uso. 

Penalidades

O descumprimento da proibição sujeitará o responsável pelo aplicativo às penalidades administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor, que incluem multa e suspensão de fornecimento de produtos ou serviço, por exemplo. 

O projeto também altera o Código Penal para prever que o responsável por um aplicativo móvel que coletar, usar ou armazenar dados pessoais sem o consentimento do usuário estará sujeito às mesmas penalidades previstas para o crime de perseguição – ou seja, reclusão de seis meses a dois anos e multa.    

“Essa disposição visa fortalecer a proteção dos dados pessoais dos usuários, tornando a violação da privacidade uma conduta criminosa”, afirma o deputado Fábio Teruel. 


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