Além das eleições municipais, Mato Grosso também teve neste ano a eleição suplementar para senador em novembro passado.
Tudo teve início ainda lá em novembro de 2019, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a cassação da juíza aposentada Selma Arruda (Podemos) por abuso de poder econômico e caixa 2.
A perda do mandato, no entanto, só foi declarada pelo Senado Federal em abril de 2020.
Nesse ínterim, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) – que ficou em terceiro lugar nas eleições de 2018 – tomasse posse como senador tampão de Mato Grosso.
Já no cargo, Fávaro disputou a eleição suplementar e saiu vitorioso. Ele recebeu 369.903 votos.
Além dele, também disputaram o pleito outros 10 candidatos: a tenente-coronel Rubia Fernanda (Patriota), José Medeiros (Podemos), Euclides Ribeiro (Avante), Nilson Leitão (PSDB), Reinaldo Morais (PSC), Valdir Barranco (PT), Elizeu Nascimento (DC), Procurador Mauro (Psol), Feliciano Azuaga (Novo) e Pedro Taques (SD).
A cassação
Selma e seus suplentes, o empresário Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes, tiveram seus mandatos cassados, por unanimidade, em abril do ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por omitir despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018.
Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade..
Logo após a decisão do TRE, eles ingressaram com recurso junto a Corte superior da Justiça Eleitoral.
Em novembro, porém, os ministros do TSE mantiveram a cassação por seis a um.
O Pleno acompanhou o voto do relator, ministro Og Fernandes. Ele entendeu que os gastos feitos por Selma e seus suplentes em sua pré-campanha causaram desigualdade no pleito eleitoral. Apenas Edson Fachin votou a favor de Selma.