Um apartamento do empresário Alan Malouf bloqueado por força do processo derivado da quarta fase da Operação Sodoma foi colocado à venda em leilão judicial por determinação da juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. A avaliação do imóvel está acima dos R$ 2 milhões.
O imóvel foi capturado durante a terceira fase da citada operação e será colocado ao oferecimento dos compradores ainda na primeira temporada de leilões do ano que começa em três semanas.
Assim, o imóvel localizado no terceiro andar do Condomínio Forest Hill, apartamento 301, na Rodovia MT-251 será vendido logo após o Carnaval 2020. Isso se os advogados do requerido não conseguirem reverter a situação por via judicial.
O próprio empresário disponibilizou — logo que foi intimado pela justiça, claro — o imóvel ainda na fase de planta, quando estava em construção. O apartamento substituiu uma determinação judicial de bloqueio de suas contas até o montante de R$ 2,3 milhões.
Alan Malouf é acusado de cometer crime de lavagem de dinheiro em desapropriações de áreas urbanas. Ele teria recebido valores oriundo de propina do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf.
Segundo o Ministério Público Estadual, o que foi confirmado em delações premiadas, a desapropriação da área que compreende o bairro Jardim Liberdade teve um custo de R$ 31,7 milhões ao Estado. Destes, segundo a acusação, mais de R$ 15 milhões aos agentes públicos em forma de pagamento de propina.
Em fevereiro de 2017, a Delegacia Fazendária deu cumprimento aos mandados de prisão e busca e apreensão originários desta fase da Operação Sodoma. Além de Alan Malouf, foram alvos o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário Arnaldo Alves de Souza, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, entre outros.