Uma empresa de consultoria ganhou uma licitação para o estudo de viabilidade econômico-financeira de continuidade das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na Grande Cuiabá, que estão paradas desde 2014. O resultado da licitação foi divulgado no Diário Oficial do Estado, que circula nesta terça-feira (26).
Pelo valor de R$ 464,3 mil, a empresa deve elaborar e apresentar no prazo de 90 dias um relatório sobre a retomada do VLT em relação à construção do BRT (Buss Rapid Transit) - que consiste em corredores exclusivos para a circulação de ônibus coletivos.
A empresa Oficina Engenheiros Associados fez uma proposta 35,6% menor que o valor de referência, de R$ 721 mil.
De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), em cinco dias, o secretário da pasta, Marcelo Duarte, irá homologar o resultado da licitação, declarando a empresa vencedora.
A consultoria deve apresentar uma proposta de integração do transporte da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Obra do VLT está parada desde dezembro de 2014 e vagões estão parados — Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
Outro estudo
Paralelamente a essa consultoria, está sendo feito um estudo técnico sobre a viabilidade ou não do VLT. O estudo está sendo feito por um Grupo de Trabalho composto por vários órgãos, e comandado pela secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Regional.
O grupo de trabalho foi montado em julho deste ano, após reuniões feitas em Brasília entre os governos estadual e federal
A comissão é composta pelos secretários Marcelo Oliveira, de Infraestrutura e Logística; Rogério Gallo, de Fazenda; Emerson Hideki Hayashida, da Controladoria Geral; Carlos Fávaro, do Escritório de Representações e o procurador Lucas Schiwinden Dallamico, como representante da Procuradoria Geral do Estado.
O VLT
O VLT começou a ser construído em 2012 pelo consórcio VLT Cuiabá Várzea Grande, com um custo inicial de R$ 1,4 bilhão. O prazo de entrega era 13 de março de 2014, para facilitar a mobilidade dos turistas durante a Copa do Mundo de 2014, já que Cuiabá foi uma das sedes do mundial, e até a presente data não foi terminado.
Em 2009, quando Cuiabá foi escolhida para ser uma das sedes da Copa, a decisão do governo era para que o modal de transporte a ser utilizado era o BRT (Bus Rapid Transit), com o custo de R$ 400 milhões a época.
Foi em 2012 que o governo federal autorizou a troca do modal, que Mato Grosso optou pelo VLT, com recursos da Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A obra do VLT foi projetada para ter uma extensão de 22 quilômetros, com dois itinerários. Segundo o projeto, o primeiro trecho ligaria o Aeroporto Marechal Rondon até a Avenida Rubens de Mendonça. O segundo trecho sairia da Avenida Tenente Coronel Duarte até a região do Coxipó.