Com a proposta de incentivar as atividades de lazer entre profissionais da segurança pública e da saúde em Mato Grosso, os Projetos de Lei nº 1002 e 1003/2020 instituem o direito à meia-entrada para o ingresso em estabelecimentos de diversões e praças esportivas, que promovam espetáculos de lazer, entretenimento e difusão cultural.
Para o deputado estadual e médico Dr. Gimenez (PV), é extremamente importante que esses trabalhadores sejam incentivados a ter esses momentos para que possam evitar uma possível estafa física ou mental, aliviar o estresse, lidar adequadamente com transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, e também previnam problemas cardiovasculares.
“Temos estudos do National Cancer Institute (NCI) que mostram que quem gasta o tempo de lazer fazendo atividades físicas, por exemplo, pode aumentar a expectativa de vida em até 4 anos e meio. Não apenas viverão mais se aproveitarem bem o tempo de lazer, como também conseguirão viver com mais saúde”, explica o parlamentar.
Como médico, ele pontua que as atividades de lazer, esportivas e culturais impactam diretamente a saúde, pois liberam hormônios que garantem a sensação de bem-estar e felicidade, diminuindo os impactos negativos da rotina de trabalho extenuante e muitas vezes perigosa. “A falta de lazer normalmente está associada ao sedentarismo e à falta de cuidado com a saúde, por isso queremos incentivar estes profissionais a utilizar bem o tempo livre”.
Para efeitos da nova legislação, serão considerados estabelecimentos que realizem espetáculos musicais, artístico, circense, teatrais, cinematográficos, feiras, exposições zoológicas, pontos turísticos, estádios, atividades sociais, recreativas, culturais, esportivas e quaisquer outras que proporcionem lazer, cultura e entretenimento.
A meia-entrada corresponde a 50% do valor do ingresso cobrado, sem restrição de data e horário. O direito - no ato da aquisição - será mediante a apresentação de documento de identificação profissional funcional do profissional de saúde (PL 1003/2020) e profissional funcional do servidor (PL 1002/2020).
Saúde mental - O número de policiais que cometeram suicídio no Brasil em 2018 (total de 104) foi maior que a quantidade que morreu em decorrência de confronto nas ruas (87), segundo a 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No Estado de São Paulo, calcula-se uma taxa média de 30,3 suicídios a cada 100 mil policiais, por ano, número três vezes o índice aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).