Presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador Toninho de Souza (PSD) disse que até o momento não houve nenhuma representação contra o vereador Adevair Cabral (PSDB), mas garantiu que fará uma investigação isenta, caso a denúncia de assédio sexual a uma ex-servidora do município, que vieram à tona na semana passada, seja protocolada na casa de leis.
“Em relação a este caso envolvendo o Adevair Cabral ainda não há investigação porque não houve representação formal na Câmara Municipal. A Comissão de Ética só age a partir do momento que tiver uma representação e isso não aconteceu. Se alguém se sentiu ferido e quiser fazer uma representação, tem todo o direito, mas não chegou. Agora, a partir do momento que esta representação chegar na Comissão de Ética, nós vamos investigar com absoluta tranquilidade e isenção”, assegurou o parlamentar, que atualmente está passando por um processo de cassação.
Na sessão ordinária desta terça-feira (5), o vereador Abílio Junior (PSC) expôs o caso novamente, dizendo que foi procurado pela ex-servidora da prefeitura, que alega ser vítima de assédio sexual. Ela teria encaminhando inclusive fotos e conversas que comprovariam a denúncia.
O vereador também explicou que aguarda a Ong Moral fazer a representação, garantindo contra Adevair e que se a medida não for tomada, ele mesmo prestará a queixa formal na Câmara, acompanhada de pedido de cassação ao tucano.
Na mesma sessão, Adevair chorou, negou as acusações, disse que está sendo vítima de uma perseguição política e que coloca seu sigilo telefônico à disposição das autoridades policiais para investigar o caso.
“Não quero hoje atacar nenhum inimigo que está tentando colocar meu nome da lama. Estou sendo vítima de uma grande perseguição política. Como não sou corrupto, estão expondo de maneira covarde e mentirosa a minha vida pessoal, a vida de minha família e minha honra”, disse o vereador que chorou na tribuna e não conseguiu terminar sua fala.
Adevair colocou seu celular à disposição para ter seu sigilo quebrado. De acordo com ele, a íntegra das conversas revelaria que não houve excessos da parte dele. “Eu pedi para meus advogados verificar nas delegacias, Ministério Público, até ontem não existia nenhuma representação contra mim. Ai eu fico me perguntado, por que, se a pessoas se sentiu constrangida, não gostou, por que não fez um BO contra mim na época? Três anos atrás, quatro anos atrás, cinco anos atrás.. por que não fizeram? Por que só agoira fizeram tudo isso comigo?”, questiona.