Advogada Marcelle Ramires Pinto Coelho, que faz a defesa do vereador Jânio Calistro (PSD), preso na manhã de quinta-feira (19) em operação da Polícia Civil que desarticula quadrilha responsável por 90% do tráfico de drogas em Várzea Grande disse que as provas para a prisão dele são fracas e que ele não tem nada a ver com isso.
Segundo Coelho, que ainda não teve acesso aos autos do processo, a Polícia Civil ainda não passou de forma profunda o que motivou o pedido de prisão preventiva de Calistro, mas o que ela sabe até o momento, são alegações fracas e frágeis.
“São ligações telefônicas gravadas. Veja, ele é vereador, atende muitas pessoas todos os dias, não tem como saber quem é traficante ou não. Primeiro vamos ter acesso aos autos e depois entrar com um pedido de soltura”, destacou.
Na visão da advogada, apesar de a Justiça ter entendido e expedido o mandato de prisão, “sabemos que ele não tem ligação com o tráfico”. Por outro lado, para o delegado Vitor Hugo Teixeira, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), as provas são robustas para a prisão preventiva.
“Foram 71 dias de investigação com diligências e prisões em flagrantes. Vamos agora aprofundar a investigação para comprovar a ligação dele com a organização criminosa”, destacou o delegado. Entre os matérias apreendidos durante as diligências estão maconha, cocaína, pasta base, e cadernos com anotações e um revólver calibre 38.
Operação Clean Up
Ao todo, 23 pessoas foram presas pela Polícia Civil para desarticular a quadrilha que comandava 90% do tráfico de drogas em Várzea Grande. O grupo está associado ao Comando Vermelho, mas a polícia descartou a ligação do vereador com a facção criminosa.