26 de Abril de 2025

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GERAL Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 10:36 - A | A

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PACTO EJA

MEC vai investir R$ 22 mi em alfabetização para assentados

Pacto EJA ganha ações voltadas a áreas de reforma agrária. Anúncio foi feito nesta terça-feira (23/7), no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE)

Redação

O Ministério da Educação (MEC) — por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) — e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançaram oficialmente o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA) para áreas de reforma agrária do Nordeste. A solenidade foi realizada nesta terça-feira, 23 de julho, no Centro de Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE).

“Quando formulamos a política, pensamos nos 11,4 milhões de pessoas não alfabetizadas em todo o País. Nosso compromisso é trabalhar para que elas tenham um futuro melhor.”
Zara Figueiredo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC
Na ocasião, também foi assinado o Termo de Cooperação entre o MEC e o Incra para a execução da ação EJA Nordeste. A iniciativa será executada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Durante o evento, a secretária da Secadi, Zara Figueiredo, informou que o MEC estabeleceu uma parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para execução do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Com o Pronera, serão investidos mais de 22 milhões para atender 33 mil alfabetizandos, em 332 municípios do Nordeste.

Segundo Figueiredo, a medida é fundamental para superar o acúmulo de desigualdades no Brasil. “Quando formulamos a política, pensamos nos 11,4 milhões de pessoas não alfabetizadas em todo o País — pessoas, em sua maioria, pobres, negras, da zona rural, com deficiência ou apenadas. Nosso compromisso é trabalhar para que elas tenham um futuro melhor”, afirmou.

Sebastião Virgínio, de 76 anos, estudante da EJAA professora Erosilda Tenório ressaltou a importância da educação de jovens e adultos (EJA) para a população. “Os alunos ficam muito alegres quando conseguem ler e escrever e, para nós, isso é uma satisfação imensa. A educação para jovens e adultos é fundamental para proporcionar para essa população a chance de lutar mais por seus direitos e de fortalecer, cada vez mais, a identidade dos povos da região e preservar a cultura”, concluiu.

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O estudante da EJA Sebastião Virgínio, de 76 anos, disse que voltou a estudar há pouco mais de quatro anos para aprender sobre si e sobre sua comunidade. “Queria saber mais do meu nome, da história, como ler e escrever. Eu tive que parar de estudar ainda muito novo para poder trabalhar e, hoje em dia, voltar para a escola me faz muito bem”, completou.

A expansão do Pacto para esse público surgiu a partir de uma demanda de alfabetização nos assentamentos da reforma agrária no Nordeste, por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ainda em 2023. A ideia é fruto de debates realizados em seminários dos próprios trabalhadores, traduzidos em diálogos entre o MST, a Casa Civil, o MEC e o MDA, que acabaram por qualificar a elaboração do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA.


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